Os preços ao consumidor subiram, em média, 6,07% em 2008, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No bolso dos brasileiros, os vilões foram os aluguéis residenciais e o tomate: com taxas de 5,94% e 112,84% no ano, foram as duas maiores contribuições individuais para a alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC).
O IPC é um dos componentes do Índice Geral de Preços ? Mercado (IGP-M), que encerrou o ano com alta de 9,81% - a maior desde 2004.
Só em dezembro, o tomate ficou 64,80% mais caro para o consumidor ? a maior contribuição individual sobre o IPC do mês, de 0,58%. Em novembro, o preço do alimento já havia subido 10,51%. Também em dezembro, o preço dos aluguéis subiu 0,85%.
Além desses itens, também pesaram sobre a alta do IPC os planos e seguros de saúde (alta de 7,38%), o pão francês (21,58%) e as refeições em restaurante (1,98%).
Na ponta contrária, a batata inglesa exerceu a maior influência negativa sobre o indicador no ano, ficando 24,13% mais barata em 2008. As demais contribuições de baixa vieram do feijão carioca (-15,09%), leite em pó (-9,39%), tênis masculino (-4,70%) e alface (-5,0%).
No atacado
No Índice de Preços por Atacado (IPA), que fechou o ano com taxa de 10,84%, a maior contribuição de alta veio do minério de ferro, que ficou 97,28% mais barato no período. Os bovinos subiram 18,33%; adubos e fertilizantes compostos, 61,43%; tomate, 208,23%; e o arroz como casca, 45,13%.
Já a maior contribuição negativa veio do milho, cujo preço recuou 38,49% no ano. A laranja, 37,93% mais barata, aparece a seguir, seguida do leite in natura (-14,02%), da nafta (-45,42%) e do feijão (-28,39%).