Um problema que atinge milhares de jovens é o desemprego. Há um ano e meio, a estudante Lays Souza Sangi, de 19 anos, busca uma vaga no mercado de trabalho.
Lays faz o curso técnico de mecânica industrial e não consegue emprego: “Eu chego nas empresas e sempre falam que não têm vaga por causa da crise. A gente liga para lá para agendar uma entrevista e eles sempre falam que não têm vaga para mulher”, afirma a estudante.
Segundo dados do IBGE, jovens de 18 a 24 anos estão entre os que têm maior dificuldade para conseguir trabalho. São mulheres e homens que buscam nas agências de emprego uma chance para mudar de vida. A busca por trabalho também gera gastos.
O Conselho Regional de Economia de Minas Gerais estima uma despesa de pelo menos R$ 20 por dia, com transporte e alimentação. “Gasta porque quando você está desempregado não tem dinheiro para pegar ônibus e marca às vezes para um lugar mais longe. É complicado”, diz a estudante Fernanda Santos.
Segundo a gerente de um posto do Sistema Nacional de Emprego, Mônica Duarte, um dos motivos para a queda na oferta de vagas para os mais jovens é a crise internacional. “Na hora que o empregador vai contratar uma pessoa, nesse momento de crise, com certeza ele opta já por uma pessoa que já está mais pronta para o mercado e diminui assim essa questão do investimento que ele teria que fazer num treinamento, numa qualificação de uma mão-de-obra”, explica Mônica Duarte.