H? mais de 90 dias as construtoras de Teresina v?m sofrendo com atrasos, falta e aumento no pre?o do cimento. Segundo Francisco Reinaldo Sampaio, diretor de uma construtora de Teresina e diretor da ?rea imobili?ria do Sindicato da Ind?stria da Constru??o Civil de Teresina (Sinduscon), os preju?zos s?o grandes e podem chegar a prejudicar o setor
imobili?rio da cidade.
?Fazemos o agendamento para receber o cimento de acordo com o cronograma da obra. J? tivemos atraso nessa entrega de at? 30 dias, o que atrasa o andamento e prazo de entrega da obra e aumenta os custos,
j? que ficamos com os trabalhadores parados, sem cimento para dar continuidade ao trabalho?, diz.
Um outro preju?zo ? causado pelo aumento no valor do saco de cimento, que j? chega a 30%. Sampaio lembra que em n?vel nacional existem poucas ind?strias atendendo ? demanda da constru??o civil, e que no Estado do Piau? a situa??o ? ainda pior, j? que atualmente apenas dois fabricantes de cimento atendem ao mercado local.
Isso permite que os fabricantes tenham um controle sobre o pre?o do produto. De acordo com Reinaldo Sampaio, o Sinduscon j? entrou em contato com os fabricantes para tentar entender o motivo dos constantes
atrasos e da subida de pre?os, mas as explica?es dadas n?o justificaram.
?Primeiro, eles falaram que o atraso estava acontecendo porque estava
havendo manuten??o nas f?bricas, depois disseram que a culpa era da greve dos ferrovi?rios e, por ?ltimo, que o aumento era justificado pelo frete. Mas depois de tr?s meses a irregularidade na entrega permanece e os pre?os continuam subindo?, ressalta. Reinaldo Sampaio explica ainda que apesar da cidade estar crescendo bastante, com um grande avan?o de
constru?es pela cidade, a demanda excessiva n?o seria uma justificativa.
Segundo ele, o crescimento da cidade e do n?mero de obras pela cidade ? prevista e acontece de forma gradual. ?Esse aumento n?o ? uma surpresa para as construtoras, por isso n?o seria um motivo para estes atrasos e
aumentos de pre?o?, afirma.