O governo elevou para US$ 202 bilh?es a previs?o para o total de exporta?es brasileiras no ano de 2008. A primeira previs?o para o ano era de US$ 172 bilh?es. A ?ltima an?lise do governo, feita em julho, apontava para US$ 190 bilh?es. O ministro do Desenvolvimento, Ind?stria e Com?rcio Exterior, Miguel Jorge, j? havia anunciado no in?cio do m?s que haveria uma nova revis?o das expectativas do governo.
Nos primeiros oito meses do ano, o total de exporta?es j? atingiu a marca de US$ 130,8 bilh?es. Em todo o ano de 2007, o Brasil vendeu para o exterior US$ 160,6 bilh?es.
O secret?rio de com?rcio exterior do Minist?rio do Desenvolvimento, Welber Barral, classificou a nova meta como ambiciosa. ?A meta ? ambiciosa porque pretendemos que a m?dia mensal destes pr?ximos quatro meses seja superior ao do resto do ano?.
Nos primeiros oito meses de 2008 a m?dia das exporta?es ficou em US$ 16,3 bilh?es. A expectativa para os pr?ximos quatro meses ? atingir US$ 17,7 de m?dia mensal.
Para justificar a previs?o otimista, o governo observa que, apesar de estar em queda, o pre?o de commodities, como petr?leo, soja e metais, est? acima do praticado em 2007. O otimismo deriva ainda do aumento da exporta??o de aeronaves e a retomada da venda para o exterior de petr?leo e de aparelhos celulares.
O minist?rio do Desenvolvimento n?o faz previs?o para importa?es e, conseq?entemente, para o saldo da balan?a comercial. O mercado, de acordo com a pesquisa Focus desta semana, aplicada pelo Banco Central, prev? que o saldo da balan?a fique em US$ 23,7 bilh?es para 2008.
C?mbio e Crise
De acordo com o secret?rio de com?rcio exterior do Minist?rio do Desenvolvimento, a nova previs?o para as exporta?es n?o leva em conta a recente desvaloriza??o do real frente ao d?lar. Isso, em tese, ajuda a venda de produtos para o exterior. De acordo com Barral, os efeitos da altera??o na taxa de c?mbio s? s?o sentidos ap?s tr?s ou quatro meses.
Ele tamb?m afirmou que a crise internacional n?o afeta as exporta?es para este ano. Tamb?m este efeito, que seria negativo, aconteceria apenas em 2009. Ele argumenta que ainda n?o ? poss?vel medir o impacto da crise no com?rcio internacional, mas Barral observa que o Brasil est? protegido devido ? diversifica??o das exporta?es e ? menor depend?ncia dos Estados Unidos como mercado comprador.