A economia dos Estados Unidos voltou a ficar menor no segundo trimestre deste ano. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Departamento do Comércio do país, o Produto Interno Bruto (PIB) teve queda de 1,0% na comparação com o trimestre anterior. Foi o quarto trimestre consecutivo de contração da maior economia mundial, na sequência mais longa de quedas trimestrais do PIB na série oficial, que teve início em 1947. Analistas esperavam uma queda mais acentuada, de 1,5%.
O Departamento do Comércio fez uma revisão ampla do cálculo do PIB, resultando em alteração dos números anteriores. Com isso, a variação do PIB no primeiro trimestre do ano, que havia ficado em -5,5%, foi revista para -6,4%. O órgão alertou que os dados sobre o segundo trimestre são preliminares, baseados em informações incompletas.
Uma revisão será divulgada em 27 de agosto e os números finais serão apresentados em 30 de setembro. Influências Segundo o documento oficial, a queda menos acentuada do PIB no período foi resultado principalmente do crescimento nos gastos públicos, tanto do governo federal quanto estadual e local, além da queda das importações. Além disso, houve uma queda visivelmente menos acentuada em investimentos, consumo pessoal e exportações, favorecendo um resultado econômico menos negativo.
A indústria automotiva apareceu como dado positivo no trimestre, acrescentando 0,20 ponto percentual ao resultado do PIB, depois de ser responsável por 1,69 ponto da queda do trimestre anterior. Já as vendas de computadores contribuíram negativamente, retirando 0,04 ponto do PIB trimestral.
Consumo e comércio exterior
O consumo pessoal real registrou queda de 1,2%, após uma alta de 0,6% no trimestre anterior. Os gastos e investimentos do governo, no entanto, dispararam 10,9%, na sequência da queda de 4,3% entre janeiro e março. Os gastos com defesa foram destaque, crescendo 13,3%. As exportações norte-americanas voltaram a registrar queda no segundo trimestre. O recuo de 7,0%, no entanto, foi bem menos acentuado que os 29,9% registrados no período anterior. As importações também caíram, em 15,1%, menos que os 36,4% de janeiro a março.