O fluxo cambial (soma das opera?es da balan?a comercial, das opera?es financeiras, e das opera?es com institui?es banc?rias no exterior) em setembro est? positivo em US$ 4,329 bilh?es at? o dia 12, apesar da piora da crise global de cr?dito, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta quarta-feira.
O dado se deve principalmente ao saldo positivo de US$ 3,605 bilh?es nas opera?es comerciais. As opera?es financeiras, mesmo com o aumento da avers?o a risco no exterior, tiveram saldo positivo de US$ 725 milh?es. Em agosto, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 1,944 bilh?o. No ano, o Pa?s registra entrada l?quida de US$ 18,714 bilh?es.
No per?odo, a moeda americana subiu 9%, e o Banco Central deixou de comprar d?lares no mercado. Nesta semana, com a intensifica??o da crise externa, o d?lar j? se aproxima de R$ 1,90, no maior n?vel em um ano.
Para Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, os dados comprovam que a especula??o no mercado de derivativos cambiais ? o principal motor da alta. "N?o existe nenhuma demanda acentuada" por d?lares no mercado, disse.
"Com esse tumulto na segunda-feira (com o colapso do banco de investimento Lehman Brothers), criou-se um clima para dar outra puxada no d?lar. Mas voc? v? que, no fluxo, isso realmente n?o tem sustenta??o."
De acordo com dados mais recentes da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os estrangeiros mantinham cerca de US$ 5 bilh?es em posi?es compradas em derivativos cambiais - o que equivale a uma aposta na alta do d?lar.
A entrada de moeda afasta tamb?m a id?ia de que o Banco Central poderia atuar no mercado vendendo d?lares para tentar conter a alta da moeda. "N?o existe nenhum sinal de falta de liquidez no mercado", disse Nehme.
Em agosto, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 1,944 bilh?o. No ano, o pa?s registra entrada l?quida de US$ 18,714 bilh?es.