Empresas apostam em outros produtos para ficar no Piauí

As empresas piauienses que atuam com a venda de produtos para o campo estão investindo na agregação de produtos de outros setores para manterem renda

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As empresas que operam no Piauí voltadas para o agronegócio vêm registrando queda nas vendas por conta dos períodos de seca que, cada vez mais, afetam o campo. O clima quente e o tipo de solo, que se torna inapropriado para muitas plantações, contribui diretamente para a diminuição dos negócios no setor. Segundo Ageroan Alencar e Rodrigues Neto, dois gerentes de estabelecimentos voltadas para o meio rural, as vendas chegam a cair 40%, o que os deixa um pouco desanimados.

A solução para melhorar o desempenho do negócio e conquistar novos clientes é, portanto, começar a investir em outros produtos. De acordo com Ageroan, as vendas têm diminuído consideravelmente. ?Nestes dois últimos anos tem sido de muita seca. A gente depende diretamente do inverno. O nosso mercado é voltado para os pequenos empresários, que ainda compram diretamente na loja, diferente dos outros que importam?, acrescenta.

Por isso, o importante é sempre apresentar novidades para não perder os clientes. ?Aqui nós colocamos materiais de construções e alguns pequenos eletrodomésticos. Tem que diversificar para não ficar dependendo só dos produtos voltados para o meio rural?, comenta Ageroan.

A morte de animais, devido à fome ocasionada pela seca, ou a ocorrência de vendas de uma grande parte destes para o Maranhão, é apontado por Ageroan como também fator de influência para as vendas. ?O rebanho também tem diminuído e isso influencia diretamente nas nossas vendas?, acrescentou.

Rodrigues Neto também afirma que suas vendas têm diminuído na empresa onde trabalha. ?O período de pico de vendas é de novembro até fevereiro ou, às vezes, até o final de março. Depois de comprar veneno, semente e adubo, o período se torna bem ruim, porque é o período seco?, explica o gerente.

Ele acrescenta que a solução encontrada foi começar a investir em produtos que tivesse saída o ano todo e que não dependesse do período da seca, como os produtos rurais. ?A gente procura concluir esse período investindo em produtos pet. É uma área que tem atividade todo o ano, então a gente investe para poder passar a crise?.

Produtos da linha pet oferecem mais opções

Os empresários com atividades voltadas para o meio rural do Piauí estão investindo também na venda de produtos para animais domésticos. A linha pet está sendo procurada por estes e outros empresários porque ela consegue abranger um mercado que tem movimentação durante todo o ano e no qual é bem comum entre a população, já que muitas pessoas possuem gatos e/ou cachorros em casa.

A variação de produtos é enorme. São inúmeros tipos de rações, coleiras, enfeites para os bichos, dentre outros.

Agildo Menezes também decidiu investir nesse setor quando viu que através dele teria a chance de não deixar o negócio estagnar. ?Os produtos para os grandes animais estão parados, então estamos investindo na linha pet para manter o negócio?. Mas, segundo o empresário, a linha de campo mantém-se bem nas vendas. ?Temos vendido muitos venenos, agrotóxicos, sementes. Mas o pet tem sido a melhor área?, conclui.

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