Pelo segundo mês seguido, o emprego na indústria brasileira registrou queda. Em maio, o recuo foi de 0,7% em relação ao mês anterior, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a maio do ano passado, o emprego industrial teve queda maior, de 2,6% - o 32° resultado negativo seguido nesse tipo de comparação e o mais forte desde novembro de 2009 (-3,7%). A maior influência partiu da indústria de São Paulo, onde o índice caiu 3,7%. Na sequência, aparecem os parques fabris do Rio Grande do Sul (-3,8%), do Paraná (-4,0%) e de Minas Gerais (-2,1%). O único resultado positivo foi visto em Pernambuco, que apontou uma leve alta de 0,3%.
Entre os setores pesquisados pelo IBGE, o total do pessoal ocupado assalariado recuou em 15 dos 18 ramos pesquisados, com destaque as indústrias de produtos de metal (-7,4%), calçados e couro (-7,9%), meios de transporte (-4,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,1%), entre outros.
Na contramão, estão as taxas dos setores de minerais não-metálicos (1,9%) e de produtos químicos (1,6%).
No ano, o indicador acumula queda de 2,2% e, em 12 meses, de 1,7%.
Número de horas pagas
Em maio de 2014, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria caiu 0,8% frente abril.
Frente a maio do ano passado, esse indicador mostrou baixa ainda maior, de 3,3% - a 12ª taxa negativa seguida nesse tipo de comparação e a mais intensa desde outubro de 2009 (-5,3%).
A retração foi generalizada, em 14 locais e em 16 dos 18 ramos pesquisados. As principais influências negativas vieram de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,4%), meios de transporte (-6,4%), produtos de metal (-7,7%), máquinas e equipamentos (-4,8%) e calçados e couro (-7,6%), entre outros. Na outra ponta, estão os ramos de minerais não-metálicos (1,7%) e de produtos químicos (0,7%).
São Paulo exerceu a principal influência negativa, com baixa de 4,7%. Também pressionaram negativamente os índice de Rio Grande do Sul (-5,7%); Paraná (-4,5%); Minas Gerais (-2,7%); e Região Nordeste (-1,9%).
Salário
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cresceu 1,9% diante de abril, com influências positivas do setor extrativo (34,3%). Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento avançou 1,4%.
Em relação ao mesmo período de 2013, os salários cresceram 1,4% em maio de 2014, com resultados positivos em 11 dos 14 locais investigados. Os principais impactos positivos partiram de São Paulo (0,8%), Rio de Janeiro (4,2%), Minas Gerais (2,9%), Região Nordeste (2,4%) e Espírito Santo (12,1%).
Em sentido contrário, a principal influência negativa foi assinalada pelo Rio Grande do Sul (-3,2%).