O emprego com carteira assinada aumentou 3,6% no ano passado na comparação com 2008, segundo dados divulgados pela PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), realizada pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), nesta quinta-feira (28). A porcentagem representa um montante de 7,894 milhões de pessoas com emprego formal ? um aumento de 271 mil postos de trabalho em relação a 2008.
Já o rendimento médio do empregado na relação entre 2009 e 2008 teve pequeno aumento na média geral. O salário do trabalhador cresceu, em média, 1,4%. Entre as regiões pesquisadas, Belo Horizonte apresentou a maior alta nos salários ? 5,8% - o que resultou em um rendimento médio de R$ 1.231.
O Distrito Federal também teve alta de 3,8% no salário meio, o que resultou em uma média de R$ 1.866. Porto Alegre, com aumento de 3,2% nos rendimentos e salário médio de R$ 1.227, e Salvador, com alta de 0,9% e salário médio de R$ 991, completam a lista de altas. Por outro lado, em São Paulo, houve uma tímida retração de 0,1%, o que gerou um salário médio de R$ 1.273. Em Recife, a queda foi ainda mais acentuada ? 0,8% - e o salário médio foi de R$ 761.
O supervisor da PED do Dieese, Sérgio Mendonça, comemorou a evolução do emprego com carteira assinada nas seis regiões metropolitanas ? Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal ? e disse que ?em dez anos, o emprego com carteira assinada cresceu 50%?.
O levantamento mostrou ainda que a quantidade de trabalhadores sem carteira assinada ? os informais ? diminuiu de 1,924 milhão em 2008 para 1,752 milhão no ano passado, o que representa um recuo de 172 mil vagas.