O dólar fechou os negócios da quarta-feira (9) com valorização. A moeda norte-americana encerrou em alta de 0,73%, cotada a R$ 1,771 para venda. Na semana, o dólar acumula alta de 2,55%. Mais cedo, a moeda chegou a cair 0,51% ante o fechamento da véspera, mas a cotação passou a operar instável no final da manhã. Com o resultado final do dia, o dólar terminou no maior patamar desde o início de outubro.
Por aqui, os investidores aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a nova taxa básica de juros da economia (Selic). A expectativa do mercado é de que a taxa seja mantida no nível atual, de 8,75% ao ano. A sessão nesta quarta-feira foi volátil, influenciada pela instabilidade no exterior e pela saída de recursos conforme se aproxima o final do ano.
O dólar chegou a cair no começo da sessão, em um movimento de ajuste após a forte subida da véspera. Mais tarde, porém, prevaleceu a cautela com a sucessão de notícias negativas. Um dia após a redução da nota da Grécia pela Fitch foi a vez da Espanha ser colocada em perspectiva negativa pela Standard & Poor"s. "Esta visão mais sensata a respeito do cenário econômico mundial provoca também uma avaliação com maior acuidade a respeito do Brasil", avaliou em relatório Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora.
"(Isso) parece estar fortalecendo a convicção por parte dos investidores estrangeiros, principalmente, de que o real perde a atração como moeda extremamente interessante para especulação... conduzindo o preço da moeda americana, no nosso mercado de câmbio, a um perfil mais compatível com a sua efetiva realidade do país." Dados do Banco Central confirmaram uma tendência de piora nas transações comerciais.
Na primeira semana de dezembro, houve saída líquida de US$ 1,421 bilhão nessas operações, o que provocou um déficit de US$ 925 milhões no fluxo geral de câmbio.