As vendas no comércio varejista brasileiro voltaram a cair, registrando recuo de 0,8% em maio, na comparação com o mês anterior, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quarta-feira (11). Essa é a maior queda desde novembro de 2008, quando havia sido registrado recuo de 1,3%.
"Essa queda é resultado da desaceleração da indústria, quadro em que até as projeções de PIB vêm caindo", afirmou Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, o indicador tem alta de 9% e, em 12 meses, de 7,3%. Na comparação com maio do ano passado, o varejo cresceu 8,2%.
Em maio, a receita nominal não registrou variação, após mostrar resultados positivos por dois meses seguidos na comparação com abril. Já em relação a maio de 2011, a variação foi de 10,8%. No ano, a receita acumula alta de 11,9% e , em 12 meses, de 11,4%.
Na comparação mensal, das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, três registraram quedas: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,2%), combustíveis e lubrificantes (-0,8%) e móveis e eletrodomésticos (-3,1%). Entre as altas estão os ramos de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%). As outras duas atividades, que com as anteriores formam o varejo ampliado, mostraram alta de 1,5% para veículos e motos, partes e peças e de -11,3% para material de construção.