A BRA, em crise financeira e com problemas para pagar fornecedores, precisa de cerca de US$ 30 milh?es para voltar a operar no azul. Segundo a Folha apurou, a companhia a?rea vem mantendo teleconfer?ncias di?rias com o grupo de fundos que investiu na empresa, em 2006, na tentativa de conseguir um novo aporte.
A companhia tinha 4,6% dos v?os dom?sticos em setembro deste ano, mas a perspectiva ? de queda, j? que uma nova malha foi apresentada ? Anac (Ag?ncia Nacional de Avia??o Civil), que regula o setor a?reo. Os v?os ser?o adequados ? sua frota de avi?es, reduzida de 10 em opera??o para 5 ap?s o in?cio das dificuldades financeiras. Bancos que haviam se comprometido a fornecer cr?dito para a companhia voltaram atr?s, e a BRA ficou sem capital de giro.
Um dos fundos de maior participa??o na empresa, o Darby Investments, vem liderando as conversas com a empresa, segundo fontes pr?ximas ?s negocia?es. No final do ano passado, a Brazil Air Partners, que tem s?cios como a G?vea, administradora de recursos do ex-presidente do Banco Central Arm?nio Fraga, entre outros fundos de investimento, anunciou a compra de parte da BRA. A entrada dos fundos foi divulgada, ? ?poca, como o in?cio de uma gest?o profissional.
Consultores foram contratados pelos novos investidores, mas tiveram dificuldade em conseguir informa?es e fazer mudan?as na empresa por causa da resist?ncia do ex-presidente Humberto Folegatti, que teve a sa?da confirmada na ?ltima quinta-feira. Especialistas afirmam que os fundos chegaram a investir cerca de US$ 70 milh?es, mas tinham rela??o dif?cil com Folegatti, que mant?m o controle acion?rio da companhia.
Para tentar conter a crise, a empresa tamb?m estaria preparando um corte de funcion?rios. Diversos empregados da BRA receberam liga?es durante a ?ltima semana, para comparecer a uma reuni?o na segunda-feira, ?s 10h, na sede da empresa, em S?o Paulo.
De acordo com uma comiss?ria de bordo, que n?o quis se identificar, os rumores s?o de que entre 60 e 100 funcion?rios ser?o cortados. Ela conta que foi contratada em setembro, mas h? dez dias n?o ? mais escalada para nenhum v?o. "Toda turma que entrou comigo, cerca de 30 pessoas, est? na mesma situa??o. O clima est? bem pesado na empresa."