A atividade industrial recuou no segundo trimestre, mas em menor intensidade do que no trimestre anterior, mostra a pesquisa Sondagem Industrial divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta quinta-feira.
O indicador de produção ficou em 48,1 pontos, em uma escala de 0 a 100 em que números abaixo de 50 pontos indicam queda. Ainda assim, o resultado ficou acima do trimestre anterior, quando o indicador foi de 36,1 pontos. No mesmo período do ano passado, o índice estava positivo e era de 56,5 pontos.
O emprego na indústria manteve a trajetória de queda, ficando em 45,1 pontos. O resultado foi melhor do que o registrado no trimestre anterior, que foi de 39,2 pontos. A utilização da capacidade instalada foi de 69%, um ponto percentual acima do registrado no trimestre anterior.
No mesmo período do ano passado era de 77%. Dessa vez, a pesquisa questionou se a utilização da capacidade instalada nas indústrias estava acima ou abaixo do usual. O índice ficou em 36,5 pontos, indicando nível abaixo do geralmente utilizado. Otimismo A pesquisa mostrou que os empresários voltaram a esperar aumento de demanda para os próximos meses.
O indicador ficou acima dos 50 pontos, em 57,1. No trimestre anterior, ficou em 48,3 pontos. "Não é tão confiante como era antes da crise, mas é significativo", afirmou o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento da CNI, Renato da Fonseca. Os níveis de estoques continuam acima do planejado pelos empresários, mas caiu em relação ao trimestre anterior, aos 49,9 pontos.
A relação de estoque efetivo e planejado, porém, ficou em 52,7 pontos, o que significa que os empresários esperavam ter vendido mais produtos. Os três principais problemas apontados pelos industriais foram a elevada carga tributária, a falta de demanda e a competição acirrada de mercado. O índice de satisfação com as margens de lucro mostrou pequena melhora, passando de 36 pontos no trimestre anterior para 37,8 pontos no terceiro trimestre.