O crescimento econômico dos Estados Unidos desacelerou nos meses do inverno (entre dezembro e março), devido em parte a "fatores transitórios", concluiu o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, em comunicado divulgado nesta quarta-feira (29).
Segundo o Fed, mesmo que as taxas de emprego e inflação cheguem perto de níveis consistentes, as condições econômicas podem, por algum tempo, "manter as taxas de juros abaixo dos níveis que o Comitê vê como normais no longo prazo".
Quando o Comitê (do Fed) decidir começar a afrouxar sua política monetária, ela será consistente com sua meta de longo prazo de máximo nível de emprego e inflação de 2%, disse o BC norte-americano."
O ritmo do aumento do emprego foi moderado, e a taxa de desemprego ficou estável. Uma série de indicadores do mercado de trabalho sugere que a subutiluização da força de trabalho mudou muito pouco", avalia o Fed.
Ainda de acordo com o BC dos EUA, os gastos do consumo doméstico caíram e a renda real dos norte-americanos subiu fortemente, em parte refletindo quedas nos preços da energia e a confiança do consumidor permanece elevada.
O Comitê do Fed reiterou também que espera que a inflação cresça gradualmente em torno de 2% no médio prazo, na medida em que o mercado de trabalho será aquecido e os efeitos transitórios das quedas de energia e preços das importações se dissiparem.
Em meados de abril, o livro Bege do Fed avaliou que a economia dos EUA continuou em ritmo de expansão na maioria das regiões do país entre meados de fevereiro e o fim de março, a maior parte de forma "moderada".