Os juros maiores em vigor até agosto e o agravamento da crise global ditaram os rumos da economia brasileira no terceiro trimestre, período no qual o PIB (Produto Interno Bruto) ficou estável frente ao segundo trimestre, na comparação livre de influências sazonais, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística).
O PIB, em valores correntes, chegou a R$ 1,05 trilhão no período. De julho a setembro, o PIB cresceu, porém, 2,1% em relação ao mesmo período de 2010. Com o resultado, a economia do país acumula alta de 3,2% nos três primeiros trimestres do ano e 3,7% nos últimos 12 meses (quatro trimestres).
Setor mais sujeito a oscilações e com maior conexão com o exterior, a indústria sofreu mais o baque da crise e registrou queda de 0,9% na comparação com o segundo trimestre. Já serviços teve queda de 0,3% e agropecuária subiu 3,2%.
O consumo das famílias caiu pela primeira vez desde o quarto trimestre de 2008, segundo a economista do IBGE, Rebeca Palis. O índice cedeu 0,1% na compração mensal, mas cresceu 2,8% na comparação anual (contra o terceiro trimestre de 2010) e acumula no ano alta de 4,8%.
Os investimentos (medidos pela formação bruta de capital fixo), por seu turno, caíram 0,2% na esteira da menor confiança de empresários diante da crise.
Já o consumo do governo registro queda de 0,7%
As exportações subiram 1,8% e as importações declinaram 0,4%.
De janeiro a setembro, indústria, serviços e agropecuária acumulam altas de 2,3%, 3,2% e 2,8%, respectivamente.
Já o consumo das famílias, os investimentos e o consumo do governo registram alta de 4,8%, 5,7% e 2,2%, respectivamente.