O dólar opera em queda nesta quarta-feira (3), dando continuidade ao movimento da véspera, quando registrou a maior queda diária em quase 2 anos, diante do otimismo em relação a uma recuperação econômica global, embora tensões políticas locais e internacionais sigam no radar dos mercados. Informações do G1.
Nas últimas semanas a moeda america chegou a ser cotada a R$ 5,89 - um recorde. O real vem buscando formas de valorzação no mercado internacional.
Às 10h09 a moeda norte-americana caía 2,46%, a R$ 5,0836. Neste pregão, o Banco Central realiza leilão para rolagem de até 12 mil contratos de swap tradicional com vencimento em setembro de 2020 e fevereiro de 2021.
Na terça-feira, o dólar fechou em queda de 3,25%, a R$ 5,2116, recuando a patamares de meados de abril. Foi a mais forte desvalorização percentual diária desde 8 de junho de 2018 (-5,59%), segundo a agência Reuters. Na parcial da semana, o dólar acumula queda de 2,34%. Em 2020, a moeda ainda tem alta de 29,97%.
Até onde vai o dólar?
Cenário externo e interno
No exterior, os investidores continuam otimistas sobre uma recuperação econômica ante a queda provocada pelo coronavírus, ainda que em meio à contínua agitação social e protestos generalizados contra o racismo nos Estados Unidos e em outros países.
No cenário local, os investidores seguem de olho no noticiário político e no afrouxamento das regras de isolamento social nos estados.
Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, conforme boletim "Focus" do Banco Central divulgado na véspera. A projeção passou de queda de 5,89% para um tombo de 6,25% em 2020.
Já projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 ficou estável em R$ 5,40. Para o fechamento de 2021, subiu de R$ 5,03 por dólar para R$ 5,08 por dólar.
Apesar do PIB do Brasil recuar, o país pode superar a crise até o fim do ano.