Apesar do baixo crescimento, a economia brasileira está se expandindo mais que a média do mundo, disse nesta sexta-feira (26) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Segundo ele, o Brasil está crescendo mais do que em 2012, e as perspectivas para o PIB (Produto Interno Bruto) são favoráveis, apesar da grande volatilidade internacional.
? O Brasil tem um efeito internacional forte. Se esquecermos de avaliar o crescimento dos outros países, qualquer análise sobre a economia brasileira estará enviesada.
Segundo projeções recentes divulgadas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), o Brasil encerrará 2013 com crescimento de 2,5%, no mesmo nível da Rússia e à frente da África do Sul e do Japão (2%), dos Estados Unidos (1,7%) e da zona do euro, que tem contração prevista de 0,6% do PIB.
Entre as grandes economias, o Brasil só está atrás do México (2,9%), da Índia (5,6%) e da China (7,8%) nas estimativas de crescimento. Pela projeção oficial do Ministério da Fazenda, divulgada na última segunda-feira (22), o PIB brasileiro deverá crescer 3% neste ano.
O BC (Banco Central), no entanto, prevê 2,7%. As duas estimativas foram reduzidas em relação às previsões anteriores, mas Augustin reiterou que o País teve um primeiro semestre bem melhor que em 2012 e que encerrará 2013 com crescimento maior que a expansão de 0,9% registrada no ano passado.Para o segundo semestre, o secretário disse que as perspectivas para a economia brasileira são favoráveis.
Segundo ele, as medidas de estímulo ? reduções de impostos para determinados segmentos da economia ? tomadas pelo governo desde o fim do ano passado estão surtindo efeito. Além disso, o desemprego continua baixo. Algumas medidas, ressaltou Augustin, só terão efeito no médio prazo, como a desoneração da folha de pagamento.
? A desoneração da folha é uma medida estrutural, que não só gera emprego como aumenta a competitividade do país.
Ele ainda acrescentou que a alta do dólar nos últimos meses beneficiará o Brasil ao estimular as exportações.
? Claro que o aumento do dólar tem impacto num primeiro momento, mas provoca efeito positivo num segundo momento porque o câmbio maior amplia a possibilidade de comércio internacional.O secretário, no entanto, não quis mencionar quando começaria esse segundo momento nem citar um valor a partir do qual as vendas externas serão favorecidas.