Economia brasileira avançou 2,3% em 2013, informa dados do IBGE

Em valores correntes, PIB do ano passado chegou a R$ 4,84 trilhões

Agropecuária registrou a maior alta entre os setores | Reprodução
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A economia brasileira cresceu 2,3% no ano de 2013, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (27). Em valores correntes, a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 4,84 trilhões e o PIB per capita (por pessoa) atingiu R$ 24.065.

No quarto trimestre de 2013, o PIB cresceu 0,7%, segundo a pesquisa.

A previsão dos economistas do mercado financeiro era de um crescimento de 2,28% em 2013, segundo o boletim Focus, bem próximo ao projetado pelo Banco Central, que, depois de seguidas reduções ao longo do ano, a manteve em 2,3%. Já a estimativa do IBC-Br, que pretende ser uma ?prévia? do PIB, mostrou uma alta de 2,52% na atividade em 2013, parecida com a do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de 2,5%.

Os três setores analisados pelo IBGE para o cálculo do PIB mostraram avanço, com destaque para a agropecuária, que cresceu 7%, seguida por serviços (2%) e indústria (1,3%). Em 2012, o avanço do PIB, de 1% (dado revisado), havia sido puxado pelo desempenho do setor de serviços, o único que mostrou taxas positivas.

Na agricultura, o destaque partiu da produção de soja (24,3%), de cana de açúcar (10%), de milho (13,0) e de trigo (30,4%). Já o crescimento da indústria foi puxado pela atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (2,9%).

Dentro do setor de serviços, o maior avanço foi verificado no setor de serviços de informação (5,3%), seguid por transporte, armazenagem e correio (2,9%) e comércio (2,5%).

No mesmo período, na análise da demanda, a formação bruta de capital fixo (investimentos) foi o que mais cresceu, 6,3%, influenciado pelo aumento da produção de máquinas e equipamentos.

Dentro dessa mesma avaliação da demana, o consumo das famílias, que por muito tempo puxou o crescimento da economia brasileira, mostrou taxa positiva pelo 10º ano seguido. No entanto, o aumento foi menos expressivo, 2,3%.

"Tal comportamento foi favorecido pela elevação da massa salarial e pelo acréscimo do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas", afirmou o IBGE em nota.

A despesa do consumo da administração pública foi o item que menos subiu dentro da análise da demanda, 1,9%.

Em 2013, a taxa de investimento foi de 18,4% do PIB, um pouco acima do registrado em 2012, de 18,2%. Já a taxa de poupança foi de 13,9% em 2013, valor abaixo do visto no ano anterior, de 14,6%.

Quanto ao setor externo, as exportações cresceram 2,5%, puxadas pelos produtos agropecuários. O percentual foi inferior ao das importações de bens e serviços, cujo avanço foi de 8,4%, influenciado pela indústria petroleira.

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