O dólar mudou de rumo e passou a subir na tarde desta terça-feira (28), após ter rompido pela manhã o piso dos R$ 2,90.
Por volta das 15h45, a moeda norte-americana subia 0,38%, a R$ 2,9327 na venda. Na mínima do dia, chegou a ser vendida a R$ 2,8868.
A última vez que o dólar fechou abaixo de R$ 2,90 foi no dia 2 de março, quando terminou a R$ 2,8951.
No exterior, o dólar recuava em relação a uma cesta de moedas, com investidores aguardando a reunião de dois dias do Federal Reserve, o banco central dos EUA, que começa nesta terça-feira, e pelos dados do primeiro trimestre do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, na quarta-feira.
Nesta manhã, o Conference Board informou que o índice de confiança do consumidor dos EUA caiu em abril, a 95,2, ante 101,4 em março. Economistas esperavam leitura de 102,5, segundo pesquisa Reuters. Com os dados recentes mais fracos da economia norte-americana, aumentam as apostas de que o Fed vai adiar o início do processo de elevação da taxa de juros.
Do lado interno, o mercado aguarda a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom), que termina na quarta-feira e trará a definição da taxa básica de juros (Selic). A expectativa, segundo pesquisa Reuters, é que a taxa de juros seja elevada em 0,50 ponto percentual, a 13,25% ao ano.
As altas taxas de juros no Brasil, aliadas à expectativa de demora no início da elevação dos juros nos EUA, atraem a entrada de investimento estrangeiro, o que também ajuda a queda do dólar. "A questão agora é até quando vai o atual ciclo de aperto monetário, que também traz uma enxurrada de dólar pelo atrativo da taxa de juros", disse o operador de câmbio de uma corretora de São Paulo.
Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a 10,115 bilhões de dólares. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 92% do lote total.
O dólar fechou a segunda-feira vendido a R$ 2,9217, em baixa de 1,12%, no 5º dia seguido de queda. No mês, o dólar acumula queda de 8,43% frente ao real.