O dólar fechou em forte alta nesta segunda-feira (24), em meio à expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) possa desacelerar o ritmo de aumento da taxa de juros do país e ao movimento de busca pela moeda norte-americana visto no exterior.
A moeda norte-americana subiu 3,02%, cotada a R$ 5,3024. Esta é a maior alta diária desde 22 de abril, quando a moeda subiu 4,04%. Já a Ibovespa fechou em forte queda de 3,27%, a 116.013 pontos, com repercussão de caso Roberto Jefferson.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 1,36%, a R$ 5,1468 - menor cotação desde 22 de setembro, quando fechou em R$ 5,1147. Com o resultado de hoje, acumulou queda de 1,7% no mês e de 4,89% no ano frente ao real.
MERCADO EM MOVIMENTO
Os mercados operam em meio à expectativa de que o Federal Reserve (BC dos EUA) possa desacelerar o ritmo de aumento dos juros. Quanto mais agressivo é o Fed no aperto da política monetária, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, de forma que uma moderação do ritmo de alta de juros poderia abrir espaço para a valorização de outras moedas que não a norte-americana, como o real.
O Copom se reúne nesta terça (25) e quarta-feira (26) para definir o patamar da taxa Selic, atualmente em 13,75%. Os economistas do mercado financeiro reduziram de 5,62% para 5,60% a estimativa de inflação para este ano e mantiveram a expectativa para a taxa básica de juros da economia em 13,75% ao ano no fim de 2022.
Já a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 permaneceu estável em R$ 5,20. Para 2023, continuou inalterada também em R$ 5,20.