Dólar sobe para R$ 2,20 e interrompe uma sequência de 4 quedas seguidas

A divisa dos Estados Unidos teve ganho de 0,30%, a R$ 2,2040 na venda, depois de acumular perda de 3,72% nos quatro pregões anteriores.

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O dólar interrompeu sequência de quatro quedas seguidas nesta quinta-feira, ao fechar com leve alta e voltando ao patamar de R$ 2,20, com os investidores cautelosos sobre o quanto mais a moeda norte-americana pode cair.

A divisa dos Estados Unidos teve ganho de 0,30%, a R$ 2,2040 na venda, depois de acumular perda de 3,72% nos quatro pregões anteriores. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2 bilhões.

"Nos níveis em que estamos, o mercado vai sempre trabalhar com um pé atrás antes de puxar o dólar mais para baixo", disse o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros.

O dólar recuou fortemente ante o real nas últimas semanas, refletindo as expectativas de entradas de recursos no país diante dos juros elevados e de série de captações corporativas no exterior. Além disso, o humor também melhorou no mercado internacional.

Isso levou a moeda norte-americana a testar nas últimas sessões o nível de R$ 2,20, inédito desde outubro passado. Após fechar a véspera abaixo desse patamar de suporte, a divisa dos EUA oscilou em torno dessa cotação durante todo o pregão desta quinta-feira. Na mínima, atingiu R$ 2,1825, e na máxima, R$ 2,2076.

O cenário de fundamentos continua sendo o mesmo dos últimos dias e no curto prazo, o nível de R$ 2,20 está mostrando muita resistência", resumiu o superintendente de câmbio da corretora Icap, Jaime Ferreira.

Para ele, o dólar pode até firmar-se abaixo desse patamar no curto prazo e testar cotações ainda mais baixas, mas deve retomar a trajetória de alta no médio prazo.

Alguns no mercado acreditam que o dólar mais barato, apesar de ajudar no combate à inflação, desagradaria o governo pois prejudicam as exportações. Mesmo assim, o Banco Central brasileiro tem atuado pesadamente no câmbio, apesar da depreciação de mais de 6% acumulada no ano.

Pela manhã, a autoridade monetária deu continuidade às atuações diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 3 mil contratos para 1º de dezembro deste ano e 1 mil para 2 de março do próximo, com volume equivalente a US$ 198,5 milhões.

Em seguida, também vendeu a oferta total de até 10 mil swaps em leilão para rolagem dos vencimentos em 2 de maio. No total, a autoridade monetária já rolou cerca de 28% do lote total que vence no próximo mês, correspondente a US$ 8,733 bilhões.

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