O fim da maior recessão em 70 anos nos Estados Unidos estimulou os investidores a correr mais riscos nesta quinta-feira (29), o que derrubou o dólar aos patamares do início da semana.
A moeda norte-americana caiu 1,37%, para R$ 1,731. Foi a maior queda diária em quase três meses. Após quatro dias de volatilidade, o dólar ainda acumula alta de 0,99% na semana, mas já se distanciou do nível de R$ 1,75 registrado na véspera.
Indicador mais aguardado da semana, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA superou as expectativas e cresceu 3,5% entre julho e setembro, segundo taxa anualizada, após ter registrado contração de 0,7% no trimestre anterior.
Mais risco
O resultado ainda será confirmado por duas revisões, mas foi a senha para a disparada das bolsas de valores e a valorização de moedas emergentes em relação ao dólar. O índice Ibovespa disparou no dia, depois de sofrer na véspera a maior queda desde março.
No exterior, o índice do dólar em relação às principais moedas caía 0,7% e a cesta Reuters-Jefferies de commodities tinha alta de 2,1%. No Brasil, apesar da volatilidade dos últimos dias, a perspectiva é de que o fluxo de dólares para o país continuará.
"Há condições para que a economia local continue ainda com ânimo bem grande, atraindo investidores não só à Bovespa, mas (também) de longo prazo", disse o gerente de câmbio de um banco nacional, que preferiu não ser identificado.