Nesta terça-feira (13), o dólar registra uma queda em sua operação devido à inflação nos Estados Unidos que ficou abaixo das expectativas do mercado. Além disso, os investidores estão aguardando a divulgação da decisão de juros do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, que está prevista para quarta-feira (14).
Por volta das 14h10, o dólar apresentava uma queda de 0,23%, sendo cotado a R$ 4,8552. Durante o dia, atingiu sua mínima em R$ 4,8480, após os resultados divulgados nos Estados Unidos. Na última sexta-feira (9), o dólar registrou uma queda de 0,20%, sendo cotado a R$ 4,8665, renovando assim o menor patamar em um ano. Com esse resultado, a moeda passou a acumular quedas de 4,07% no mês e 7,80% no ano.
O mercado iniciou esta semana em um estado de espera, aguardando os dados de inflação nos Estados Unidos e a decisão de juros do Federal Reserve, que está programada para ser divulgada nesta quarta-feira (14). Embora haja um sentimento mais otimista entre os investidores em relação à possibilidade de manutenção dos juros pelo banco central dos EUA, as projeções indicam que é provável que a instituição aumente a taxa básica de juros em mais 0,25 ponto percentual.
Ainda durante a manhã, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou o índice de preços ao consumidor (CPI) referente ao mês de maio, o qual ficou abaixo das expectativas do mercado. Houve um aumento de apenas 0,1% nesse período. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação nos Estados Unidos apresenta um aumento de 4%.
As estimativas anteriores indicavam uma alta de 0,2% para o mês de maio e de 4,1% para o ano. No entanto, o índice de preços ao consumidor (CPI) teve um aumento de apenas 0,1% no mês, resultando em uma inflação acumulada de 4% nos últimos 12 meses, abaixo das projeções.
Em relação ao núcleo da inflação, que exclui os setores de alimentação e energia, houve um aumento de 0,4% tanto em abril quanto em maio. No período de 12 meses, esse segmento registrou uma alta de 5,3%, em linha com as expectativas do mercado.
A Opep manteve sua previsão de crescimento da demanda global por petróleo em 2023 estável pelo quarto mês consecutivo, conforme divulgado nesta terça-feira. Segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a demanda mundial de petróleo está projetada para aumentar em 2,35 milhões de barris por dia (bpd), representando um crescimento de 2,4%. Essa previsão permanece praticamente inalterada em comparação com os 2,33 milhões de bpd do mês anterior, conforme indicado em seu relatório mensal.
Além disso, o grupo destacou que a economia global enfrenta uma crescente incerteza e um crescimento mais lento na segunda metade do ano. Isso ocorre devido à persistente alta da inflação, taxas de juros já elevadas e mercados de trabalho restritos.
A Opep também mencionou a falta de clareza sobre a resolução do conflito geopolítico na Europa Oriental, referindo-se especificamente à situação na Ucrânia. Essa incerteza geopolítica adiciona mais um elemento de instabilidade aos mercados globais de petróleo.