O d?lar volta a operar em alta acentuada nesta quarta-feira (8), em meio aos desdobramentos da crise financeira pela Europa. Por volta das 10h10, a moeda norte-americana subia 6,01%, cotada a R$ 2,45.
Os investidores operam de olho no corte, realizado conjuntamente por v?rios bancos centrais do mundo, nas taxas b?sicas de juros, em uma tentativa de conter a desacelera??o da economia mundial, afetada pela crise financeira. Reduziram suas taxas os bancos dos EUA, Europa, Inglaterra, China, Su?cia, Su??a e Canad?.
Os mercados aguardam os dois leil?es de "swap cambial reverso", anunciados pelo BC para esta quarta-feira, opera??o que tem o objetivo de proteger as empresas contra a alta do d?lar. Os leil?es realizados do in?cio de outubro at? ter?a-feira j? reduziram em cerca de US$ 4,3 bilh?es a exposi??o do sistema financeiro a riscos de perda associados ? desvaloriza??o do real.
Com os leil?es desta quarta, esse al?vio pode chegar a US$ 6,3 bilh?es, na hip?tese de absor??o integral da oferta. Com essa opera??o, o BC tem como objetivo fornecer "hedge" (prote??o) ?s empresas, arcando com o custo da varia??o do d?lar e recebendo juros em troca.
V?spera
Na ter?a-feira, o d?lar voltou a registrar uma forte alta, em um preg?o marcado pela volatilidade. Ap?s subir 7,5% na v?spera, a divisa alternou altas e baixas ao longo da manh? at? estabelecer tend?ncia de valoriza??o durante a tarde.
Ao final das negocia?es, a moeda americana teve alta de 5,05%, cotada a R$ 2,31, maior patamar de fechamento desde 31 de maio de 2006. Nem mesmo as interven?es do Banco Central no mercado - a institui??o promoveu dois leil?es de "swap" durante o dia - foram capazes de segurar evitar a subida do d?lar frente ao real.
"A tend?ncia continua sendo de muita volatilidade", disse Vanderlei Arruda, gerente de c?mbio da corretora Souza Barros. "O que est? acontecendo, essa tempestade que est? acontecendo l? fora, j? ultrapassou todas as fronteiras. O efeito domin? come?ou."