Dólar fecha em queda e completa 4 semanas seguidas de baixa

Dólar fecha em queda e completa 4 semanas seguidas de baixa

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O dólar fechou em baixa, completando quatro semanas seguidas de desvalorização, após romper a barreira dos R$ 3 na véspera, em meio a um cenário político local mais favorável e com indicadores econômicos dos Estados Unidos ainda fracos.

A moeda norte-americana recuou 0,89%, a R$ 2,955 na venda, renovando mínima desde o início de março.

Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$  771 milhões.

Queda de mais de 7% no mês/
Na semana, o dólar acumulou desvalorização de 2,84%. No mês de abril, a queda é de 7,4%. No ano, entretanto, a divisa tem alta de 11,14%.

A moeda norte-americana permaneceu perto da estabilidade durante a maior parte da manhã, firmando-se em terreno negativo na parte da tarde acompanhando o movimento de queda no exterior.

Na máxima desta sessão, o dólar chegou a subir 0,36%, a R$ 2,9924, e na mínima recuou 0,94%, a R$ 2,9534.

Nesta sexta, o Banco Central vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 81% do lote total.

Cenário externo/
No cenário externo, a desvalorização da moeda norte-americana, de cerca de 0,35 ante uma cesta de moedas, era amparada pelo dado fraco de encomendas das indústrias dos EUA.

As encomendas de bens de capital, excluindo o setor de defesa e aeronaves, caíram 0,5% no mês passado após queda revisada de 2,2% em fevereiro, que foi o maior recuo desde julho de 2013.

"Foi mais um indicador ruim de atividade nos Estados Unidos", disse à Reutes o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto, acrescentando que o dado mais fraco consolida a expectativa de que o banco central norte-americano vai manter um comunicado de política monetária mais expansionista na reunião da próxima semana.

Na últimas quatro semanas, a queda do dólar ante o real foi influenciada por uma série de indicadores econômicos mostrando uma lenta recuperação nos EUA, o que poderia levar o Federal Reserve a adiar o início do processo de elevação da taxa de juros nos EUA, e por um cenário político local mais tranquilo.

"Ainda pode haver turbulências com as votações de medidas no Congresso, mas as sinalizações de que o governo está engajado em mudanças, principalmente no ajuste fiscal, foram favoráveis", disse Campos Neto.

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