💵 O dólar fechou, nesta terça-feira (3) quase estável, com leve queda de 0,02%, a R$5,058 após leilão extraordinário do Banco Central no mercado de câmbio. Em março, a moeda americana acumulou alta de 0,86% frente ao real. Enquanto isso, o Ibovespa sobe 0,44%, atingindo 127.548,52 pontos, recuperando parte das perdas recentes. No mês passado, recuou 0,71%.
📈 O que aconteceu? O Banco Central anunciou até US$1 bilhão em contratos de swap cambial, primeira intervenção desde 2022, visando atender demanda pelo resgate de títulos públicos NTN-A3 em abril. A operação de hoje, contudo, é distinta dos leilões diários que vêm sendo realizados pelo BC para renegociação dos vencimentos de junho.
🔄 Paralelamente, o mercado reagiu a novos dados dos EUA, que mostram com encomendas à indústria subindo 1,4% e estabilidade nas vagas de emprego, impactando expectativas sobre os juros americanos. Por ora, o mercado vê chance de 62% de o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) cortar os juros em 0,25 ponto percentual em junho, de acordo com a ferramenta FedWatch.
💱 Qual o impacto de juros estáveis? Juros estáveis nos EUA favorecem o dólar, uma vez que os juros continuam em patamar ainda elevado, os investidores redirecionam recursos para o mercado de renda fixa americano, considerado muito seguro. Em contrapartida, a Bolsa reflete preocupação com dados econômicos americanos, que apontam sinais de que o Fed vai começar a reduzir os juros em breve, o que tende a impulsionar moedas mais arriscadas, porém mais rentáveis, como o real.
Analistas apontam a possível manutenção dos juros nos EUA como fator desestimulante para investimentos na Bolsa brasileira.
"O BC está usando como justificativa o vencimento de títulos de dívida para o dia 15 de abril... Mas, na verdade, ele poderia ter feito essa intervenção em qualquer momento entre o dia 2 e o dia 15. É fato que a desvalorização recente do real deve estar preocupando o BC, que busca conter um movimento de alta mais expressivo e reduzir a volatilidade para taxa de câmbio", explicou Leonel Mattos, analista da StoneX, à Reuters.
Com informações do UOL com Reuters.