Dólar começa a operar em queda

Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 0,6%, a 2,7087.

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Depois de começar o dia com ganhos, o dólar mudou de direção e opera em baixa frente ao real nesta terça-feira (5), com o relativo bom humor com a equipe do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, compensando o quadro de aversão ao risco nos mercados externos em meio à persistente queda dos preços do petróleo, destaca a agência Reuters.

Por volta das 15h41, a moeda norte-americana era vendida a R$ 2,6966, em baixa de 0,44%. Mais cedo, o dólar chegou a ser vendido a R$ 2,72.

Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 0,6%, a R$ 2,7087.

"A equipe (de Levy) foi bem recebida, o que traz um pouco de tranquilidade ao câmbio depois de tanta pressão externa", disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho, para quem o dólar deve permanecer em torno de R$ 2,70 nas próximas semanas.

Na véspera, Levy anunciou Marcelo Barbosa Saintive como o novo secretário do Tesouro Nacional, no lugar de Arno Augustin, e Jorge Rachid para a Receita Federal. Os nomes foram bem recebidos pelo mercado, que vem buscando sinais de comprometimento com as metas fiscais, em meio ao quadro de inflação alta e crescimento baixo.

Mas investidores ainda mostravam dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir a meta de superávit primário equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Além disso, dúvidas sobre a disposição da presidente Dilma Rousseff de aceitar medidas de contração fiscal limitavam o bom humor.

No mercado externo, o dólar subia em relação a moedas como o euro diante da persistente queda dos preços do petróleo, que renovava as mínimas em cinco anos e meio.

Investidores também seguiam atentos à política monetária norte-americana. Na quarta-feira, será divulgada a ata da última reunião do Federal Reserve, na qual o banco central norte-americano prometeu ser "paciente" ao elevar os juros.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 2 mil swaps pelas atuações diárias, após reduzir pela metade a oferta neste ano. Foram vendidos 1,2 mil contratos para 1º de setembro e 800 para 1º de dezembro de 2015, com volume correspondente a US$ 98 milhões.

O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a US$ 10,405. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 14% do lote total.

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