A dívida pública federal cresceu 3,43% de abril para maio, somando R$ 2,12 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (30).
Essa conta representa a soma dos endividamentos interno e externo do país, que são bancados sobretudo pela emissão de títulos.
Do total da dívida brasileira, a interna está em R$ 2,029 trilhões, enquanto a dívida externa encerrou maio em R$ 93,22 bilhões.
PRÉ-FIXADOS
Em maio, as emissões da dívida pública federal totalizaram R$ 59,25 bilhões. Os resgates somaram R$ 8,26 bilhões o que resultou numa emissão líquida de R$ 50,1 bilhões.
Fernando Garrido, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, destacou que, do total de emissões, R$ 42 bilhões foi em títulos com remuneração pré-fixada, um recorde mensal.
Segundo ele, a aproximação do fim do ciclo da alta das taxas de juros explica essa corrida por títulos pré-fixados.
O Copom parou com elevação das taxas de juros, isso torna a compra de títulos pré-fixados uma alternativa de aplicação muito atraente. Rentabilidade desses títulos ainda é muito elevada, apesar de estar em queda, dado o fim do ciclo das altas de juros, afirmou
PERFIL
As instituições financeiras são as maiores detentoras de títulos da dívida pública brasileira. Ampliaram sua participação de 27,9% em abril para 28,3% em maio.
Em seguida, estão os fundos de investimento, que aumentaram a participação de 20,71% em abril para 21% em maio.
O prazo médio de vencimento da dívida pública federal, uma medida de quanto tempo o país tem para honrar os seus compromissos com os credores; diminuiu de 4,51 anos em abril para 4,43 anos em maio.
TESOURO DIRETO
Em maio, o Tesouro Direto superou os 400 mil investidores cadastrados. Em 2014, foram R$ 2,3 bilhões de títulos vendidos.
O programa, que permite a venda de títulos públicos a pessoas físicas, foi responsável pela emissão líquida de R$ 237,4 milhões em maio.