Na segunda-feira (26), a Dívida Pública Federal do Brasil apresentou uma redução de 1,08% em janeiro de 2024 em comparação com dezembro de 2023, atingindo um estoque de R$ 6,45 trilhões, representando uma queda de R$ 70,47 bilhões no período, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional.
A dívida pública é uma ferramenta utilizada pelo governo para financiar o deficit orçamentário, cobrindo despesas que excedem a arrecadação. Este indicador é crucial para avaliações da capacidade de pagamento do país por agências globais que atribuem o grau de investimento. O passivo abrange débitos do governo tanto no Brasil quanto no exterior, e o estoque da dívida havia alcançado R$ 6,52 trilhões no final de 2023.
No contexto da trajetória da dívida pública federal, o estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) registrou uma redução de 1,48%, totalizando R$ 6,18 trilhões, devido a um resgate líquido de R$ 147,91 bilhões, parcialmente compensado pela apropriação positiva de juros. Em contrapartida, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) aumentou 8,89%, alcançando R$ 273,83 bilhões (US$ 55,28 bilhões) em janeiro.
O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública da Fazenda, Helano Borges, destacou que houve um recorde nas emissões para o mês de janeiro, totalizando R$ 185,34 bilhões, impulsionadas por mudanças nas expectativas relacionadas às taxas de juros nos Estados Unidos.
A Dívida Pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) encerrou 2023 em 74,34%, segundo o Banco Central. O colchão da dívida, representado pela reserva de liquidez, apresentou uma queda nominal de 17,22%, com o dinheiro disponível para pagamento da dívida reduzindo de R$ 982,37 bilhões em dezembro para R$ 813,23 bilhões em janeiro. Os detentores da dívida, como instituições financeiras, previdência e fundos de investimento, registraram variações em seus estoques durante o período.
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