A dívida pública mobiliária federal interna subiu 3,57 por cento e atingiu 2,03 trilhões de reais em maio, mês em que o governo federal não conseguiu poupar recursos para o pagamento dos juros, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira.
A dívida interna foi impactada pela emissão líquida de 51 bilhões de reais em títulos e a apropriação de 18,8 bilhões de reais em juros. Em maio, o governo central registrou déficit primário de 11 bilhões de reais.
O Tesouro anunciou ainda que o estoque da dívida pública federal, incluindo também a dívida externa, subiu 3,43 por cento no período, para 2,123 trilhões de reais.
Em maio, a participação dos títulos prefixados no estoque da dívida subiu para 39,68 por cento, frente a 38,66 por cento no mês anterior. A meta para o ano é que os títulos prefixados representem entre 40 e 44 por cento do estoque total da dívida.
A participação de papéis corrigidos por índices de preços na dívida caiu para 36,67 por cento em maio ante 37,52 por cento em abril. Para o fim do ano, a meta é que fiquem entre 33 e 37 por cento do estoque total.
Já os títulos corrigidos pela Selic corresponderam a 19,39 por cento do total do passivo ante 19,43 por cento em abril. Para o término deste ano a meta do governo é que fiquem entre 14 e 19 por cento.
Os dados apresentados pelo Tesouro mostram ainda que os investidores estrangeiros reduziram sua participação no estoque da dívida mobiliária interna para 18,22 por cento, ante 18,79 por cento em abril.