A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7% no trimestre encerrado em março, segundo a PNAD Contínua divulgada nesta quarta-feira (30) pelo IBGE. O índice subiu 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (6,2%), mas caiu 0,9 ponto em comparação com o mesmo período de 2024 (7,9%). Apesar do aumento trimestral, é a menor taxa para trimestres encerrados em março desde o início da série histórica em 2012.
Atualmente, 7,7 milhões de brasileiros estão desempregados — um aumento de 13,1% (ou 891 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior, mas uma queda de 10,5% (menos 909 mil) em comparação com o mesmo período de 2024.
A população ocupada totalizou 102,5 milhões, com recuo de 1,3% (menos 1,3 milhão) no trimestre e alta de 2,3% (mais 2,3 milhões) no ano. Assim, 57,8% das pessoas com 14 anos ou mais estão empregadas, o chamado nível de ocupação.
Segundo Adriana Beringuy, do IBGE, a alta na taxa de desemprego no início do ano reflete um padrão sazonal, comum após o fim dos contratos temporários do Natal. Ainda assim, a taxa de 7% indica um mercado de trabalho aquecido.
Veja os destaques da pesquisa
- Taxa de desocupação: 7%
- População desocupada: 7,7 milhões de pessoas
- População ocupada: 102,5 milhões
- População fora da força de trabalho: 67 milhões
- População desalentada: 3,2 milhões
- Empregados com carteira assinada: 39,4 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13,4 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões
- Trabalhadores informais: 38,9 milhões
- Taxa de informalidade: 38%
Rendimento recorde
O rendimento médio dos trabalhadores foi de R$ 3.410 no trimestre encerrado em março, novo recorde da série histórica, com alta de 1,2% no trimestre e 4% no ano. Já a massa de rendimentos alcançou R$ 345 bilhões, estável no trimestre e com crescimento anual de 6,6% (R$ 21,2 bilhões a mais).
Carteira assinada se mantém
O setor privado somou 53,1 milhões de trabalhadores, alta de 3% em um ano. Com carteira assinada, são 39,4 milhões — número estável no trimestre e 3,9% maior no ano. Já os sem carteira somam 13,5 milhões, com queda de 5,3% no trimestre e estabilidade anual.