Desemprego regista maior subida dos últimos sete anos em Portugal

Taxa de desemprego no quarto trimestre sobe para 6,7%. No total do ano, em média, o indicador cifrou-se em 6,5%

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A taxa de desemprego em Portugal registou, nos últimos três meses do ano passado, a maior subida dos últimos sete anos, confirmando os sinais de que a tendência de melhoria da situação no mercado de trabalho que se tem vindo a verificar desde meados de 2013 pode estar a chegar ao fim.

De acordo com os dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a taxa de desemprego ascendeu, no quarto trimestre do ano passado a 6,7%. Este valor representa uma subida de 0,6 pontos face aos 6,1% registados no terceiro trimestre. Esta é a maior subida deste indicador desde o primeiro trimestre de 2013, mostra a série da taxa de desemprego trimestral publicada pelo INE.

Em comparação com o período homólogo do ano anterior, a variação da taxa de desemprego é nula, quebrando uma série consecutiva de 25 trimestres em que este indicador registou um declínio face a igual período do ano anterior. Tal como já tinha acontecido quando o INE divulgou os dados da taxa de desemprego mensal (que é calculada com uma metodologia e um universo diferente), reforçam-se deste modo os sinais que apontam para uma pausa na tendência de redução de desemprego em Portugal.

Ainda assim, olhando para a totalidade do ano de 2019, o valor da taxa de desemprego registada, de 6,5%, representa uma melhoria de 0,5 pontos percentuais face aos 7% verificados em 2018.

Os dados do INE para o desemprego trimestral não levam em conta o efeito de sazonalidade, que faz, normalmente, com que a evolução da taxa de desemprego no quarto trimestre seja menos favorável do que as dos outros trimestres, devido ao desaparecimento dos chamados emprego de Verão. Ainda assim, em 2018, a taxa de desemprego no quarto trimestre (face ao terceiro) tinha-se mantido estável em 2018 e diminuído em 2017.

Nos últimos três meses de 2019, revela o INE, passou a haver mais 29 mil desempregados em Portugal, o que representa um acréscimo de 9%. Em sentido contrário, passou a haver menos 40,2 mil empregos, uma diminuição de 0,8%. Em relação a igual período do ano anterior, há uma ligeira subida do número de desempregados (3,3 mil), passando também a haver mais 24,6 mil empregos.

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