A Petrobras enfrenta um desafio adicional em meio à polêmica troca de comando, com a escalada dos preços dos combustíveis. Dados da Abicom apontam uma defasagem de 18% na gasolina e 13% no diesel em relação aos valores praticados internacionalmente. A disparidade reflete a alta do petróleo Brent, superando US$ 90 o barril na última semana, o maior desde outubro de 2023.
Na manhã de segunda-feira (8), o preço do petróleo apresentou leve recuo, mas continua acima dos US$ 90, com projeções do JPMorgan indicando possível alcançar a marca dos US$ 100 até agosto ou setembro.
Essa disparada coloca pressão sobre a Petrobras para reajustar preços, em meio a disputas internas do governo federal e incertezas sobre a liderança da empresa. Um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros, incluindo Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), era esperado para discutir a situação, mas foi adiado para segunda-feira.
Os aumentos são atribuídos principalmente às tensões militares entre Israel e o Irã, além de fatores como a redução das exportações mexicanas, sanções americanas à Rússia devido à guerra na Ucrânia e ataques de rebeldes houthis a petroleiros no Mar Vermelho. Apesar desses desafios, a Opep e seus aliados mantêm o corte na produção de 2,2 milhões de barris por dia, renovando o compromisso no início de março para todo o segundo trimestre.
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