O nervosismo dos investidores com a crise norte-americana j? provocou queda de US$ 2 trilh?es nas bolsas de valores dos Estados Unidos e da Am?rica Latina neste ano. Mesmo assim, ningu?m arrisca dizer que o mercado chegou ao fundo do po?o.
Pelo contr?rio. As perdas poder?o facilmente ser elevadas caso novas institui?es, a exemplo do que ocorreu com o Bear Stearns, na semana passada, entrem em colapso e ponham em risco todo o sistema banc?rio americano.
At? agora, calcula-se que a baixa cont?bil dos bancos por causa do mercado de hipotecas de alto risco (subprime) tenha atingido US$ 200 bilh?es. O problema ? que n?o se sabe o tamanho da exposi??o das institui?es financeiras, j? que o mercado de ativos lastreados em hipotecas pode chegar a US$ 6 trilh?es, afirmam analistas.
Com a deteriora??o do Bear Stearns, a imprevisibilidade de um desfecho da crise financeira americana aumentou ainda mais. O cen?rio obscuro tem alimentado a fren?tica movimenta??o dos investidores, que pulam de aplica??o em aplica??o para tentar encontrar um porto seguro, que lhes garantam preju?zos menores.
? esse comportamento que tem norteado os neg?cios nos ?ltimos meses, especialmente na semana passada, o que provocou um efeito gangorra nas bolsas, com um intenso sobe-e-desce dos ?ndices acion?rios.
Segundo dados da empresa de informa??o financeira Econom?tica, em 31 de dezembro do ano passado, o valor das empresas negociadas nas bolsas dos Estados Unidos e da Am?rica Latina estava em US$ 18,12 trilh?es.
Na quarta-feira, durante a histeria dos mercado por causa da queda no pre?o das commodities, o pre?o havia ca?do para US$ 16,09 trilh?es. Por ser maior e deter um n?mero grande de companhias, a Bolsa de Nova York foi a que apresentou perda mais expressiva no valor de mercado: US$ 1,95 trilh?o.
Em seguida, aparece o Brasil, com recuo de US$ 91,31 bilh?es; M?xico, US$ 2,81 bilh?es; e Argentina, US$ 1,26 bilh?o. Chile, Peru e Col?mbia conseguiram elevar o valor de mercado das empresas negociadas na bolsa, apesar da crise. As informa?es s?o do jornal "O Estado de S. Paulo"