Crise em países ricos atrapalha crescimento do Brasil

Pressões inflacionárias podem levar BC a elevar juros básicos nos próximos meses

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O Brasil espera uma recuperação mais complicada devido às incertezas nos Estados Unidos e na Europa, disse o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, nesta terça-feira (30).

Em uma conferência em Hong Kong, o diretor afirmou que o futuro governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, deve reafirmar as políticas macroeconômicas do governo anterior e manter a inflação sob controle.

- A situação, em termos de pressões inflacionárias em muitos mercados emergentes e no Brasil, mostra que o ciclo atual está produzindo um certo aumento na inflação observada e nas expectativas.

A alta da inflação ao consumidor e das expectativas de inflação estão pressionando o BC para elevar a Selic - a taxa básica de juros do país, a partir da qual todas as outras praticadas no mercado são formadas - nos próximos meses.

O objetivo é fazer a inflação voltar ao centro da meta - de 4,5%, estabelecida pelo governo, com margem de variação de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. No boletim Focus (documento elaborado pelo BC a partir de consultas feitas a analistas de mercado) divulgado ontem (29), a previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, usado para controle da meta), a previsão foi elevada para 5,72%, contra 5,58% há uma semana.

Na próxima semana, O Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, se reúne para debater a Selic. Hoje a taxa está em 10,75% ao ano.

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