Crise afeta o bolso do consumidor do Ceará

O recrudescimento da crise global chegou ao bolso dos brasileiros

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Cr?dito escasso e, consequentemente, mais caro. Este ? o cen?rio que o consumidor cearense vai ter de enfrentar daqui por diante. O recrudescimento da crise global chegou ao bolso dos brasileiros: o juro relativamente baixo e as presta?es a perder de vista ? que fazem o comprador esquecer o n?vel de encargo e olhar apenas o valor do carn? ou cart?o ? s?o coisas do passado. Especialistas aconselham a pisar no freio, na hora de comprar a prazo, para n?o comprometer o or?amento familiar no per?odo de fim de ano.

Levantamento comparativo das taxas de juros pr?-fixadas, elaborado pelo diretor executivo do Grupo S.M, Delano de Vasconcellos, a pedido do Di?rio do Nordeste, mostra que o cheque especial deve ser utilizado, doravante, com cautela ainda maior. O vil?o dos juros come?ou, em janeiro, com taxa m?dia de 7,77% ao m?s, ou absurdos 145,53% ao ano.

Em setembro ? ainda antes do agravamento do cen?rio externo de quebradeira de bancos e financeiras nos Estados Unidos e na Europa ?, o encargo para quem entrou no cheque especial pulou para 8,71% ao m?s e 172,34% ao ano. Para outubro, com o pipocar de bancos fechando mundo afora, as proje?es do mercado, levando em conta os dados do Banco Central (BC), s?o de que o cheque especial carregue taxas de 8,91% ao m?s e 178,42% ao ano. Ou seja, de janeiro para c?, lan?ar m?o deste recurso representou aumento de 32,89 pontos percentuais, comparando a taxa anual.

Cr?dito pessoal

No cr?dito pessoal, uma das modalidades mais baratas de financiamento ? pessoa f?sica, o encargo mensal era de 3,61%, no come?o do ano ? 53,08% de taxa anualizada. Elevou-se a 3,89%, no m?s passado (58,10% a.a.). Para outubro, o consumidor que necessitar de empr?stimo pessoal em banco ou financeira vai arcar com juros m?dios de 4,09% mensais, o que representam 61,80% ao ano e alta de 8,72 pontos percentuais.

Aquisi??o de bens

Quem n?o trocou de carro no come?o do ano vai arcar, agora, com juros mais salgados. O levantamento feito por Delano de Vasconcellos revela que, em janeiro, o cr?dito para aquisi??o de ve?culos tinha taxa m?dia de 31,22% a.a. (2,29% a.m.).

Em setembro, o encargo m?dio cobrado nos financiamentos de ve?culos saltou para 36,50% a.a. (2,63% mensais). Este m?s, pelas proje?es do BC, v?o chegar a 39,72% anuais e 2,83% mensais. O aumento na taxa m?dia anual ? de 8,5 pontos percentuais. Nos empr?stimos para compra de outros bens, os juros m?dios cobrados passaram de 56,26% anuais, em janeiro de 2008, para 62,86% a. a., em setembro ?ltimo. Em outubro, o mercado sinaliza a cobran?a de 66,66% ao ano ? cerca de 4,35% ao m?s ? representando alta de 10,4 pontos percentuais. Vale ressaltar que, este ano, os juros subiram por conta do aumento da taxa Selic, elevada pelo Copom para brecar a alta da infla??o.

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