O Rio Grande do Sul tem o maior rebanho de ovinos do país. Os criadores investem em animais com aptidão para corte e para lã e estão satisfeitos com o mercado.
A metade sul do estado tem forte tradição na criação de ovinos e concentra 70% do plantel do Rio Grande do Sul.
Na fazenda do criador Paulo Assunção, em Bagé, são 800 animais da raça corriedale, todos criados para o corte. O cordeiro é abatido precoce, aos quatro meses de idade e resulta em uma carne nobre, que faz sucesso na culinária.
Geraldo Paixão cria animais da raça merino australiano e a lã é o carro-chefe da fazenda. Há mais de 40 anos ele acredita no mercado, apesar de não faltar conselho para mudar de ideia.
A lã produzida na fazenda é do tipo fina e super fina. O criador vende para uma empresa que tem sede em São Paulo.
Carneiros que foram esquilados em dezembro do ano passado tiveram suas lãs vendidas em janeiro. Os 990 animais da propriedade renderam ao produtor uma venda de 2,5 mil quilos de lã e R$ 35 mil. ?Eu vejo uma perspectiva de crescimento porque muitos rebanhos foram dissipados e há muita necessidade de lã no mercado, principalmente a fina", diz.
O quilo da carne do cordeiro está sendo vendido na região por até R$ 3,50, dependendo do corte. O valor é 15% menor que no ano passado, considerado um dos melhores para a atividade.