Criação de empregos formais em 2013 tem pior resultado em 10 anos

No ano passado, foram criadas 1,11 milhão de vagas formais.

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A criação de empregos com carteira assinada em 2013 teve o pior resultado em dez anos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (21) pelo Ministério do Trabalho.

O ano passado somou 1,11 milhão de vagas formais criadas. Na comparação com 2012, quando foram gerados 1,3 milhão de postos, houve uma queda de 14,1%, informou o governo federal.

Os empregos em 2013 também ficaram distantes do recorde histórico de 2,54 milhões apurado em 2010. Em relação aos últimos 10 anos, o resultado superou apenas os de 2003, quando foram criadas 821 mil vagas de emprego com carteira assinada.

Crise financeira

A queda acontece apesar de o governo ter tomado, nos últimos anos, medidas para estimular a economia brasileira e, também, a criação de vagas formais. Entre estas medidas estão a desoneração da folha de pagamentos, a redução do IOF para empréstimos de pessoas físicas e a desoneração da linha branca e dos automóveis.

No ano passado, porém, o governo teve de reverter parte dos estímulos para conter a inflação. Por isso, o Banco Central subiu os juros de 7,25% para 10% ao ano no decorrer de 2013, e autorizou nova elevação, para 10,5% ao ano neste mês.

O resultado da criação de empregos formais no ano passado, segundo economistas, também está influenciado pela crise financeira internacional, que tem mostrado efeitos na Europa, ao mesmo tempo em que a China tem registrado expansão inferior aos últimos anos. Nos Estados Unidos, há sinais do início de uma aceleração da economia.

Setores em queda

Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais no ano passado. No entanto, o total de 546.917 postos abertos foi menor que os 666.160 de 2012. Na indústria de transformação, houve alta: 126.359 trabalhadores foram contratados com carteira assinada em 2013 contra 86.406 no ano anterior.

Houve queda em outros setores. A construção civil contratou 107.024 trabalhadores com carteira assinada em 2013 contra 149.290 em 2012. O setor agrícola gerou 1.872 empregos no último ano; em 2012 foram 4.976. O comércio abriu 301.095 vagas formais em 2013 contra 372.368 no ano anterior.

Distribuição por região

Considerando a distribuição de vagas entre as regiões do país, o destaque foi o Sudeste, com 476.495 postos formais abertos no ano passado, número menor que as 655.282 vagas abertas em 2012. Em segundo lugar, aparece a região Sul, com 257.275 vagas criadas, mais do que as 234.355 no ano anterior.

A região Centro-Oeste abriu 127.767 postos de trabalho de no último ano, contra 150.539 em 2012. A região Nordeste criou 193.316 vagas formais em 2013, contra 190.367 no ano anterior, enquanto o Norte abriu 62.318 empregos com carteira assinada em 2013, menos que os 71.299 empregos em 2012.

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