Criação de empregos formais cai 21,6% em 2011,para 2,24 milhões

Dados da Rais foram divulgados nesta terça pelo Ministério do Trabalho. Resultado de 2011 é o terceiro melhor da série histórica.

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A criação de empregos formais somou 2,24 milhões em 2011, o que representa uma queda de 21,6% frente ao ano de 2010, quando foram abertas 2,86 milhões de vagas, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do ano passado divulgados pelo Ministério do Trabalho neste terça-feira (18).

Além dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que englobam os trabalhadores celetistas, os números da Rais também incluem os servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de trabalhadores temporários. As informações do Caged dão conta de que foram criados 1,94 milhão de empregos com carteira assinada em todo ano de 2011, o que representa queda de 23,5% frente ao ano anterior, quando foram abertas 2,54 milhões de vagas formais.

De acordo com o Ministério do Trabalho, o resultado de 2011 é o terceiro melhor da série histórica, que começa em 1985, perdendo apenas para 2007 (2,45 milhões de vagas abertas) e de 2010 (2,86 milhôes). "Tal comportamento deu continuidade à trajetória de crescimento de empregos no país, sinalizando, contudo, um arrefecimento no ritmo de expansão, quando comparado com o resultado do ano interior", informou o governo federal.

Com inativos, marca ultrapassa barreira dos 70 milhões

Quando se computa os servidores inativos, o Ministério do Trabalho confirmou que foi atingida a marca dos 70 milhões de vínculos, o que representa um crescimento de 6,33% frente ao resultado de 2010 (66,3 milhões de pessoas).

Setores da economia

O Ministério do Trabalho informou ainda que os setores que mais contribuíram para a criação de empregos formais, no ano passado, foram: serviços (1,02 milhão de contratações), comércio (460 mil empregos criados), construção civil (241 mil trabalhadores contratados), indústria de transformação (228 mil vagas), administração pública (180,2 mil empregos) e agricultura (74,2 mil pessoas contratadas).

Regiões do país

Por regiões do país, o destaque na criação de empregos formais, no ano passado, continuou com o Sudeste, responsável pela abertura de 1,05 milhão de postos formais. Em segundo lugar, aparece a região Nordeste, com a criação de 470 mil postos, seguida pela região Sul, com 344 mil pessoas contratadas. Em quarto lugar, vem a região Centro-Oeste, que abriu 218,7 mil postos formais em 2011. Já a região Norte foi responsável pela abertura de 154,6 mil vagas no ano passado.

Rendimento médio

O governo também informou que os rendimentos médios dos trabalhadores formais registraram um aumento real de 2,93% no ano passado, valor que é superior ao apurado em 2010, que foi de 2,57%. Segundo o Ministério do Trabalho, o rendimento médio dos trabalhadores formais, no ano passado, foi de R$ 1.902,13.

Gênero

Os dados do Ministério do Trabalho revelam que a mão de obra feminina cresceu 5,93% em 2011, contra um aumento de 4,49% registrado no caso dos homens. "Esse resultado deu continuidade à trajetória de elevação da participação da mulher no total de empregos formais observada nos últimos anos, de 41,5%, em 2010, para 41,9%, em 2011", informou o governo.

Grau de instrução

Por grau de instrução, os números do Ministério do Trabalho mostram "heterogeneidade" nos resultados, com queda de 19,46% para os analfabetos, decorrente de um declínio de 48% para mulheres e de 12,87% para homens, e elevação de 8,54% para trabalhadores com ensino médio completo. Para o nível superior de instrução, houve um aumento de 8,06%.

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