Calcada na expans?o do consumo da baixa renda, a ind?stria brasileira de cart?es de cr?dito n?o p?ra de crescer. E o apetite foi mais voraz no Cear?: com um salto de 157,9%, o Estado foi o que mais avan?ou no n?mero de pl?sticos, acima da m?dia nacional, que foi de 105,5%. Com cerca de 5,48 milh?es de cart?es, o Cear? tem uma representatividade de 5,9% no mercado nacional e 21,1% no Nordeste, atr?s somente da Bahia.
O faturamento tamb?m cresceu com rapidez: 164,6%, alcan?ando R$ 9,74 bilh?es ? o quarto maior crescimento do Pa?s, acima da m?dia de 108,3%. ?Percebe-se uma tend?ncia a m?dio e longo prazo de uma melhor distribui??o de faturamento por todo o Brasil?, afirma Fernando Chacon, diretor de marketing de Cart?es do Ita?, que divulgou ontem a pesquisa ?O cart?o de cr?dito e suas Regionalidades?. Apesar de ainda concentrar 56,5% do faturamento, por sua base alta, o Sudeste vem perdendo espa?o para as demais regi?es.
O Nordeste como um todo teve um crescimento consider?vel. A participa??o do Nordeste no volume total que circula no Pa?s passou de 10,7 milh?es de pl?sticos em 2003 para 25,8 milh?es no ano passado ? uma alta de 140,9%. Bahia e Pernambuco tamb?m tiveram papel de destaque, ao apresentaram forte crescimento nos ?ltimos quatro anos, de 133,7% e 154,9%, respectivamente.
?O fato ? que todas as regi?es est?o crescendo, o que contribuiu para o mercado de cart?es encerrar o ano de 2007 com R$ 183,3 bilh?es e 92,9 milh?es de pl?sticos. Por?m, observamos que grandes centros urbanos, no Sudeste do pa?s, crescem em ritmo menos acelerado, dando espa?o para o mercado de cart?es se expandir em dire??o ? periferia de grandes cidades e ao interior do Pa?s, levando as regi?es menos exploradas a crescerem vigorosamente?, diz Chacon.
Segundo ele, a popula??o de baixa renda ainda ? o p?blico-alvo das empresas para expandir a ind?stria, fundamentada mais na amplia??o da base do que no gasto individual. No corte por regi?o, o Nordeste possui a maior concentra??o de cart?es entre os pobres. Embora detenha 66% dos pl?sticos em circula??o, essa parcela da popula??o ? com renda individual abaixo de R$ 1.499,00 por m?s ? representa 50,8% do faturamento total de R$ 41,1 bilh?es na regi?o em 2007.
O gasto m?dio entre os nordestinos mais pobres, de cerca de R$ 1.224,00 por ano, ? 68,3% menor do que os 8,9% usu?rios considerados de alta renda, com ganhos individuais acima de R$ 2.500,00 e que gasta R$ 3.867,00 por ano com cart?o de cr?dito. No Pa?s, a diferen?a ? ainda maior, chegando a 69,9%. O ticket m?dio do brasileiro ? de R$ 76,40, por m?s, um pouco menor do que os R$ 77,40 do nordestino.