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COP 30: Consórcio Nordeste lança plano inédito para acelerar a economia verde no país

Os projetos abrangem hidrogênio verde, bioeconomia e centros de dados sustentáveis, fortalecendo a capacidade regional de inovação, geração de empregos qualificados e atração de investimentos internacionais.

Para além da relevância da Amazônia, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima também se desdobra, entre suas várias vertentes, na chance de o Brasil integrar seus outros biomas. | Foto: RAIMUNDO PACCÓ/COP 30
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Durante conversa com jornalistas estrangeiros em Belém (PA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que a COP30 representa mais do que um evento sediado na Amazônia — é uma oportunidade para que todas as regiões do país apresentem suas contribuições à agenda global de sustentabilidade.

“Além da Amazônia, nós temos outros cinco biomas essenciais para a preservação do meio ambiente. Nós temos o Cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pantanal e o Pampa”, destacou o presidente.

A realização da conferência em solo amazônico reforça a visibilidade internacional da floresta, mas também impulsiona o debate sobre os demais biomas e a integração nacional nas políticas climáticas.


Consórcio Nordeste: compromisso com a transformação ecológica

Como parte dessa mobilização, o Consórcio de Governadores do Nordeste promoveu, em setembro, um encontro em Fortaleza, que contou com representantes do Ministério da Fazenda. Na ocasião, foi apresentada a Carta Compromisso pela Transformação Ecológica do Nordeste, documento que reforça o papel da região como líder da transição energética justa e da bioeconomia.

O texto ainda integra o Plano de Transformação Ecológica – Novo Brasil e lança as bases da Estratégia Brasil Nordeste, voltada ao fortalecimento do desenvolvimento sustentável e à atração de investimentos verdes.


Metas e prioridades regionais

Entre os compromissos firmados pelos governadores estão:

  • Ampliar a geração de energia renovável;

  • Fortalecer a agricultura familiar e a agroecologia;

  • Investir em inovação verde e economia circular;

  • Garantir segurança hídrica e preservar a biodiversidade;

  • Consolidar o Nordeste como polo de investimentos sustentáveis e referência internacional em transição ecológica.


“Compromisso de um Nordeste protagonista”

Representando o Ministério da Fazenda, Sávia Gavazza, gerente de projetos da Secretaria-Executiva e presidente do Conselho de Administração do Banco do Nordeste, destacou o valor político e estratégico do documento:

“O Plano de Transformação Ecológica é uma agenda de médio e longo prazo que conecta desenvolvimento econômico a uma nova relação com o meio ambiente e à redução das desigualdades. Esta Carta simboliza o compromisso de um Nordeste protagonista de seu desenvolvimento e capaz de transformar riqueza natural e sociocultural em inovação, inclusão e prosperidade”.


Neoindustrialização e inovação tecnológica

Outro destaque é o avanço da Chamada de Projetos para Neoindustrialização do Nordeste, ligada ao Programa Nova Indústria Brasil (NIB), da Sudene. A iniciativa recebeu R$ 127,8 bilhões em propostas, superando em quase 13 vezes a demanda inicial.

Os projetos abrangem hidrogênio verde, bioeconomia e centros de dados sustentáveis, fortalecendo a capacidade regional de inovação, geração de empregos qualificados e atração de investimentos internacionais.


A COP é Aqui: sociedade mobilizada

Antes e durante a conferência, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) promoveu a iniciativa “A COP é Aqui”, com o objetivo de aproximar a população dos debates climáticos.
A ação levou materiais digitais, oficinas e mostras audiovisuais a escolas, comunidades e instituições de todo o país, estimulando reflexões sobre ética, sustentabilidade e o futuro do planeta.


Um novo ciclo verde para o país

Com a integração entre os biomas e o engajamento das regiões, o Brasil busca construir uma agenda ambiental que una diversidade natural, inovação e justiça social. E, como reforçou o presidente Lula, a COP30 é o palco onde o país mostra que a luta pelo clima também nasce do Cerrado, da Caatinga e do sertão nordestino.

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