Muitos se perguntam o que significa a redução da Selic e como ela influencia o cotidiano. É fácil entender quando se sabe que a taxa serve de base para operações financeiras, interferindo nos juros de toda a economia. Isso quer dizer que usar o cheque especial e o cartão de crédito, além de financiar um carro ou imóvel, fica mais em conta.
A meta do governo é estimular o consumo e, assim, fortalecer os setores produtivos, gerando empregos. Mas esse céu de brigadeiro talvez só seja visto com mais clareza daqui a nove meses.
A projeção é do economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas. Por enquanto, os economistas são unânimes em aconselhar: muito cuidado nessa hora!
? Aquecer a economia e incentivar o consumo é uma boa estratégia. Se não tiver esse tipo de estímulo, o consumo cai e o risco de desemprego aumenta. Mas o efeito disso só vai ser visto daqui a seis, nove meses. Até lá, as famílias têm que agir com prudência, economizar ao máximo e evitar compras a longo prazo. Não sabemos em que momento a economia vai responder a esses estímulos ? adverte Braz.
O economista Juan Jensen, da Tendências Consultoria, prevê para o ano que vem uma taxa maior, de 9,5%:
? Reduzir a taxa não resolve tudo. Investir em infraestrutura e fazer a reforma tributária é essencial.
O diretor do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) Claudio Amitrano acredita que a Selic não voltará a dois dígitos:
? Estamos em crescimento moderado, e a inflação não deve atrapalhar.