Confiança do comércio cai 3,4% e tem menor nível histórico no país, diz FGV

No resultado anterior, referente ao período de três meses findos em junho em comparação com igual trimestre de 2012

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O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 3,4% na média do trimestre concluído em julho, frente ao mesmo período do ano passado, ao passar de 125,3 pontos para 121,1 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em março de 2010, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).

No resultado anterior, referente ao período de três meses findos em junho em comparação com igual trimestre de 2012, a FGV havia anunciado recuo de 3%. "A diminuição da confiança do comércio foi determinada pela piora na percepção em relação ao momento presente, possivelmente em decorrência das manifestações populares de junho e julho. As expectativas em relação aos meses seguintes pouco se alteraram", destacou a FGV.

O indicador do estudo que mede a percepção do setor em relação à demanda no momento atual - o Índice de Situação Atual (ISA-COM) médio - registrou 92,6 pontos, o menor patamar da série histórica. Isso representou queda de 4,6 por cento em relação ao obtido no mesmo período do ano anterior, ante recuo de 3,9% em junho.

Já o indicador trimestral do Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 2,6% em julho na comparação com um ano antes, para 149,5 pontos, ante queda de 2,5% em junho. Por sua vez, o setor de Varejo Restrito teve baixa de 5,9% no trimestre concluído em julho na comparação com o mesmo período do ano passado, ante queda de 5,7% em junho.

No Varejo Ampliado, que inclui veículos, motocicletas, partes e peças, a confiança recuou 4,7% no indicador trimestral até julho, após ter registrado queda de 4,2% no período de três meses encerrado em junho. Já no Atacado o índice de confiança caiu 0,7% no trimestre até julho, repetindo resultado anterior.

"Em linhas gerais, o resultado de julho mostra perda de fôlego do movimento de aceleração que se desenhava no comércio, impulsionado pela recuperação de vendas do segmento de Hiper e Supermercados", completou a FGV.

Em maio, as vendas no varejo brasileiro registraram estabilidade, mas a expectativa é que os dados referentes a junho devem mostrar efeitos negativos das manifestações públicas, que fecharam lojas em todo o país no mês passado.

A queda da confiança vem sendo generalizada em vários setores, em meio à insatisfação com a atual situação econômica do país e a inflação elevada. Na segunda-feira, a FGV mostrou que a confiança da indústria atingiu o menor nível desde julho de 2009 ao recuar 4% em julho ante o final do mês anterior. Nesta manhã, o Índice de Confiança de Serviços também mostrou retração, de 6,4 por cento em julho.

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