Faltando pouco mais de um mês para que o Shopping Cidade complete um ano de funcionamento, muitos permissionários do espaço alegam que não tem o que comemorar neste aniversário que acontece no dia 29 de junho.
Com a promessa de criar mais de cinco mil empregos diretos, o projeto desenvolvido pela Prefeitura de Teresina para abrigar os vendedores de rua da capital ainda não está completamente concluído e esta é a principal alegação dos ambulantes para estar em atraso com a taxa de administração.
De acordo com a Associação dos Micro-Empreendedores do Shopping da Cidade (Amesci), a principal dificuldade enfrentada desde a transferência dos camelôs para o Shopping da Cidade é a não conclusão do projeto no piso superior. ?As obras de benefícios não foram cumpridas e a questão da inadimplência se dá principalmente porque esses pais e mães de família que trabalham sobretudo no piso superior estão prejudicados?, explica Inácio Xavier, presidente da Amesci.
?A atividade de vender roupas e bonés aqui é a única renda da minha família e desde que nos mudamos para cá eu tive muitas perdas. Hoje o movimento e as vendas são muito poucos e para quem está com quase nada de lucro, a taxa do condomínio se torna muito alta?, revela emocionado o permissionário, Carlos Jorge Sales, que tem seu box localizado no primeiro piso e ainda declara, ?estou cheio de dívidas, com dificuldades para pagar e inclusive com taxas do condomínio em atraso?.
É inegável que o local oferece mais conforto e comodidade para os ambulantes efetuarem suas vendas, mas de acordo com Ana Emiliana Cordeiro, diretora social da Amesci, falta a conclusão da estrutura necessária prevista no projeto. A principal reivindicação dos permissionários dos pisos superiores se refere à conclusão das passarelas do metrô que irão integrar o desembarque de passageiros à circulação de pessoas dentro do Shopping. ?Precisamos que as passarelas sejam finalizadas porque essa medida será importante. A união do metrô com o Shopping Cidade vai facilitar a vida das pessoas e melhorar o acesso. Quando esses passageiros desembarcarem aqui eles poderão fazer compras, se alimentar e se divertir?, afirma Emiliana Cordeiro.
Além das passarelas, os permissionários também cobram a instalação de uma agência do Banco do Brasil. Eles acreditam que ao finalizar as obras, o fluxo de pessoas no Shopping da Cidade aumentará e em conseqüência os negócios de todos. (M.R.)