Com renda de um salário mínimo (R$ 622), Matheus de Almeida, de 17 anos, usa a internet para comprar livros mais baratos. Aprendiz da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o estudante comprou no último domingo (4) as coleções ?O Guia do Mochileiro das Galáxias? e ?Jogos Vorazes?. ?Acabei de gastar R$ 120 em livros. Até que não ficou tão caro. No total são 8 livros?, escreveu Matheus no Twitter, uma das redes sociais que acessa diariamente.
O comércio eletrônico no Brasil fechou 2011 com faturamento de R$ 2,7 bilhões, um crescimento de 26% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da empresa de análises e-bit. ?O número de usuários que optam por fazer compras pela internet cresceu para 32 milhões. Em 2010, o número era de 23 milhões?, afirma Chris Rother, diretora do e-bit. No primeiro semestre de 2011, 61% dos 4 milhões de novos consumidores que fizeram alguma compra on-line eram da classe C.
O comércio foi destaque nos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2011, divulgados nesta terça-feira (6) pelo IBGE. De acordo com os dados, o setor cresceu 3,4% no ano passado ? com um empurrãozinho das vendas de Natal, que levaram o PIB do setor a crescer 0,7% só nos últimos três meses do ano. E, cada vez mais, essas vendas saem das lojas físicas em direção à web.