O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou nesta segunda-feira, 03 de julho, que o comércio exterior brasileiro apresentou um superávit de US$ 45,5 bilhões (cerca de R$ 218 bilhões) de janeiro a junho de 2023. Esse valor representa o maior saldo positivo já registrado para o período desde 1999.
Comparado aos seis primeiros meses do ano anterior, houve um aumento de 32,9% no superávit da balança comercial, que atingiu US$ 34,3 bilhões naquela época.
O saldo da balança comercial é calculado subtraindo as importações das exportações. Quando o valor importado é menor, ocorre um superávit, enquanto que um déficit acontece quando o valor importado é maior.
De acordo com Herlon Brandão, subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, o volume de exportações tem alcançado os maiores valores da série histórica, enquanto os preços têm diminuído.
Até o momento, em 2023, as exportações totalizaram US$ 166,153 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 120,639 bilhões. A corrente de comércio, que representa a soma das importações e exportações, chegou a US$ 286,792 bilhões durante o período analisado.
As principais áreas do comércio exterior são os setores agropecuário, indústria extrativa e indústria de transformação. Entre os produtos que impulsionaram o aumento das vendas destacam-se soja, energia elétrica, óleos brutos de petróleo ou de minerais e carne bovina fresca, refrigerada ou congelada.
No primeiro trimestre deste ano, o PIB registrou um crescimento de 1,9%, impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, que apresentou um aumento recorde de 21,6%, conferindo o melhor desempenho em três décadas.
O MDIC revisou sua projeção para o superávit da balança comercial no final de 2023, que agora é de US$ 84,7 bilhões, em comparação com a projeção anterior de US$ 84,1 bilhões.