A inflação pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou em outubro para o maior patamar desde junho deste ano, pressionada sobretudo por combustíveis e automóveis, mas a taxa em 12 meses foi a menor desde outubro de 2007.
O indicador avançou 0,28% em outubro, ante alta de 0,24% em setembro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (11). Analistas esperavam avanço de 0,23%, segundo a mediana dos prognósticos de 30 instituições financeiras, que variaram de 0,19% a 0,30%.
A maior contribuição para cima do mês veio dos combustíveis, que subiram 1,74%, com contribuição de 0,08 ponto, sendo 0,04 ponto do álcool e 0,04 ponto da gasolina. "Em período de menor oferta, o consumidor passou a pagar, em média, mais 10,61% pelo litro do álcool e 1,06% pelo litro da gasolina", afirmou o IBGE em nota. Ainda dentro do grupo Transportes, os custos de automóveis novos aceleraram a alta para 1,08% em outubro ante 0,67% em setembro, assim como os de seguro de veículos e tarifas de ônibus intermunicipais.
A partir de outubro, começou a reversão gradual da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para o setor automotivo. Assim, o grupo Transportes teve elevação de 0,51% no mês passado, contra 0,27% no anterior. O aumento da tarifa de telefonia fixa, de 0,50% em outubro contra 0,32% em setembro, também pressionou o IPCA.
Outro grupo que impactou o índice foi Vestuário, com avanço de 0,64% em outubro contra 0,58% no mês anterior. Os preços do grupo Alimentação e bebidas caíram em ritmo menor, em 0,09% no mês, passando versus recuo de 0,14% no anterior. No ano até outubro, o indicador acumulou alta de 3,5% e em 12 meses tem elevação de 4,17%, a mais baixa em dois anos.