Analistas do mercado financeiro elevaram pela quinta vez consecutiva a projeção para a inflação neste ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desta vez, passou de 5% para 5,11%, conforme pesquisa Focus do Banco Central, divulgada ontem. Para 2013, a expectativa permanece em 5,5%, há sete semanas. A previsão para a taxa básica de juros (Selic) manteve-se em 7,5% para o fim do ano. A taxa está em sua mínima histórica de 8% ao ano.
Já na semana passada, a perspectiva para a inflação havia se deteriorado por conta da elevação dos preços dos grãos ? feijão preto, soja, milho e trigo ? que impactou a inflação no atacado e atingiria o consumidor. Nesta semana, também foi reduzida a perspectiva para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), para 1,81%, ante 1,85% anteriormente.
Para o economista e professor de Finanças do Ibmec-RJ, Gilberto Braga, o momento é de cautela. Mesmo com a inflação dentro da meta, a situação é preocupante. Ele afirma, no entanto, que não há razão para a taxa básica de juros ceder ainda mais.
?O momento é de precaução. O ideal é a pessoa segurar um pouco os gastos. Ela deve se prevenir, se possível, fazendo uma reserva financeira. Para quem aplica abaixo de R$ 60 mil, a caderneta de poupança continua como o melhor investimento. É seguro, tem liquidez e não paga imposto de renda?, diz Braga.