Inadimplência tem maior queda do ano, com juros mais baixos; veja

Em nota, os economistas da Serasa afirmaram que “a queda na análise mensal é resultado de um período positivo para o consumidor”

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O número de consumidores com dívidas teve queda de 1,9% em setembro, na comparação com agosto, segundo o indicador da Serasa Expererian. É a quarta queda seguida na comparação mensal e a maior do ano.

Porém, na comparação com o mesmo período do ano passado, a inadimplência do consumidor registrou crescimento de 8,2%. No acumulado do ano, os calotes cresceram 15,3%.

Em nota, os economistas da Serasa afirmaram que "a queda na análise mensal é resultado de um período positivo para o consumidor, em consequência de juros mais baixos no crédito, intensificação da portabilidade de dívidas, maior interesse em renegociar dívidas, lotes recordes de restituição do Imposto de Renda, e, mais recentemente, a redução dos juros no rotativo do cartão de crédito".

Calotes aumentam em relação a 2011

A alta de 15,3% na comparação entre os acumulados confirma o menor ritmo de crescimento da inadimplência do consumidor, considerando duas conjunturas econômicas distintas.

De acordo com o Serasa, "nesse mesmo período de 2011, os juros no crédito eram mais elevados, a inadimplência crescia e o comprometimento da renda do consumidor seguia na mesma direção, ao contrário do atual momento da economia brasileira".

Cheques sem fundo e dívidas não bancárias puxam queda

Os cheques sem fundos e as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) puxaram a queda do indicador em setembro de 2012, com variações negativas de 15% e 2% respectivamente.

Os títulos protestados também contribuíram, com queda de 28,6%. A queda do indicador só não foi maior porque as dívidas com os bancos apresentaram alta de 1,4%.

Valor médio das dívidas com os bancos tem queda

O valor médio das dívidas com os bancos apresentou queda de 1,9% de janeiro a setembro de 2012, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já o valor médio das dívidas não bancárias, os títulos protestados e os cheques sem fundos tiveram alta de 1%, 7,4% e 12%, respectivamente.

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