PI: Com demanda aquecida, faltam profissionais na construção civil

Carência de profissionais é consequência da demanda

CONHECIMENTO | Mão de obra especializada ainda é difícil. | Reprodução Jornal Meio Norte
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A construção civil tem alcançado nos últimos anos um crescimento considerável em todo o país e no Piauí não é diferente. Impulsionado pelo aumento do poder aquisitivo do brasileiro e em virtude das grandes obras dos programas do Governo Federal, esse foi o setor que mais expandiu em 2011. E a perspectivas para 2012 também são as melhores.

De acordo com o DIEESE, no primeiro mês deste ano somente o setor da construção civil foi responsável por gerar 30 mil postos de trabalho no país, um crescimento de 2,3%. Além disso, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) mostram o saldo positivo entre contratações e demissões nos meses de janeiro e fevereiro no Piauí. O crescimento de 0,09% foi motivado sobretudo pelo setor da construção civil, cujo desempenho superou as quedas na agropecuária e no comércio.

Para o presidente do SINE, Ubirani Rocha, apesar da redução na geração de empregos nos primeiros meses do ano, consequência das demissões dos profissionais temporários, a expansão da construção civil foi responsável por manter esse saldo positivo no mercado de trabalho formal. ?Quando chega final de outubro começa a oferta dos empregos temporários e existe um contrato muito grande para essa época, principalmente no setor de serviços e comércio; o que começa a cair entre janeiro e fevereiro. Mas o que se pode observar é que o constante aumento na contratação da área da construção civil

supera esse número de demissões?, explica.

Entre os profissionais mais procurados para atuar no setor, pedreiro, carpinteiro e engenheiro civil encontram maior demanda. Mas o setor abrange muito mais que isso, gerando milhares de outros empregos indiretos. E os salários ofertados também chamam atenção: variam entre R$850 (para um profissional iniciante) a R$10 mil, o que varia de acordo com o ofício.

A demanda de empregos é crescente e exige a cada dia um maior número de profissionais com experiência e qualificação para atuar na área e atender a clientela que está cada vez mais exigente. Para o administrador de empresas Cláudio Pacheco, esse é um problema inerente ao crescimento desse setor.

?A construção civil tem muitos recursos financeiros e tem uma demanda muito grande. A importância da

construção civil para a economia está no nível A, sendo o carro-chefe da economia. Só tem esse problema, porque como há uma demanda muito grande, você termina com a escassez de produtos (matéria-prima) e mão de obra qualificada?, explica Pacheco.

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